Petrobras recebe indicação de Prates para presidência da estatal
Ofício foi enviado na última quinta-feira (12) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG)
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
A Petrobras recebeu a indicação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) para exercer o cargo de presidente da estatal. O ofício foi enviado na última quinta-feira (12) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG).
Além de para a presidência, Prates foi indicado para integrar o Conselho de Administração da Petrobras. Seu nome, agora, passará por uma análise interna antes da avaliação por parte dos comitês de Elegibilidade e de Pessoas.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, Prates já foi aprovado pela Casa Civil da Presidência da República. O parlamentar era o principal cotado para assumir o comando da estatal e participou do grupo técnico de Minas e Energia da equipe de transição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Qual a visão do indicado?
A política de preços da Petrobras é um dos pontos mais sensíveis da empresa, na avaliação do indicado. Durante os trabalhos na equipe de transição, ele afirmou que a metodologia é uma política de governo, e não de Estado.
Por isso, há a expectativa de mudanças nos cálculos, de forma a reduzir o valor pago pelo consumidor nos produtos derivados do petróleo. A Petrobras adota o modelo de PPI (preço de paridade internacional), o que faz com o que os preços da gasolina, do etanol e do diesel acompanhem a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional.
"Vejo a Petrobras como uma empresa que precisa olhar para o futuro e investir na transição energética para atender às necessidades do país, do planeta e da sociedade, além dos interesses de longo prazo de seus acionistas", declarou Prates ao anunciar sua indicação.
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Intervenção
Recentemente, o indicado para a presidência da Petrobras negou que o governo fará intervenção na política de preços da estatal. Prates disse também que os preços serão vinculados internacionalmente de alguma forma. "Sempre vai ser influenciado pelos preços internacionais. Qualquer país é assim. Não é ideia minha. Todo preço da commodity de combustível e derivado de petróleo é referência, influenciado pela oscilação internacional", afirmou.
"Claro que não [vai ter intervenção]. Nunca ninguém falou em intervenção. Não sei quem inventou essa história de intervenção", disse. "A Petrobras não faz intervenção em preços. Ela cumpre o que o mercado e o governo criam de contexto. A Petrobras reage a um contexto. Então nós vamos criar a nossa política de preços para nossos clientes, para as pessoas que compram da Petrobras. A gente não pode influenciar", completou.