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Indicado para Petrobras nega intervenção direta na política de preços

Senador Jean Paul Prates destacou que os preços dos combustíveis vão ser vinculados internacionalmente de alguma forma

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Jean Paul Prates, indicado para a presidência da Petrobras, durante sessão do Senado
Jean Paul Prates, indicado para a presidência da Petrobras, durante sessão do Senado

Indicado para a presidência da Petrobras, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) negou, nesta quarta-feira (4), que o governo fará intervenção na política de preços da estatal. Ele disse que os preços serão vinculados internacionalmente de alguma forma.

"Claro que não [vai ter intervenção]. Nunca ninguém falou em intervenção. Não sei quem inventou essa história de intervenção", disse. "A Petrobras não faz intervenção em preços. Ela cumpre o que o mercado e o governo criam de contexto. A Petrobras reage a um contexto. Então nós vamos criar a nossa política de preços para nossos clientes, para as pessoas que compram da Petrobras. A gente não pode influenciar", completou.

O novo indicado para a presidência da estatal destacou, ainda, que todo preço vai ser vinculado internacionalmente de alguma forma. "Sempre vai ser influenciado pelos preços internacionais. Qualquer país é assim. Não é ideia minha. Todo preço da commodity de combustível e derivado de petróleo é referência, influenciado pela oscilação internacional."

A Petrobras adota o modelo PPI (preço de paridade internacional), o que faz com que os preços da gasolina, etanol e diesel acompanhem a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional.


A estatal recebeu, nesta terça-feira (3), a indicação de Prates para o cargo de presidente. O ofício foi enviado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. De acordo com a nota, "a indicação oficial será formalizada após os trâmites na Casa Civil da Presidência da República".

Com mais de 25 anos de atuação no setor energético, Prates tem defendido a ideia de que a Petrobras eleve seus investimentos em renováveis, em linha com outras petroleiras globais, e na área de refino, em busca de segurança energética. Apesar disso, o senador vinha questionado a política de preços da estatal, que está atualmente alinhada às práticas do mercado internacional.


Enquanto Prates não for oficializado, a presidência da Petrobras fica sob o comando interino de João Henrique Rittershaussen, que assumiu o cargo após o encerramento antecipado do mandato de Caio Paes de Andrade.

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Política de preços

Como mostrou o R7, durante os trabalhos na equipe de transição, o senador tinha um discurso diferente. Ele chegou a afirmar que a metodologia de preços da empresa é uma política de governo, e não de Estado. Por isso, havia a expectativa de mudanças nos cálculos, de forma a reduzir o valor pago pelo consumidor nos produtos derivados do petróleo.

"Vejo a Petrobras como uma empresa que precisa olhar para o futuro e investir na transição energética para atender às necessidades do país, do planeta e da sociedade, além dos interesses de longo prazo de seus acionistas", disse na ocasião.

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