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PF diz que atual gestão da Abin interferiu nas investigações sobre monitoramentos

Informação consta na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília


Documento cita declaração do diretor-adjunto
Documento cita declaração do diretor-adjunto Antonio Cruz/Agência Brasil - 02/03/2023

A Polícia Federal indicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a direção atual da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) realizou "ações que interferiram no bom andamento da investigação sobre o suposto uso ilegal de uma ferramenta de espionagem em sistemas da agência sem, entretanto, ter sido possível identificar o intento das ações dos envolvidos". O R7 acionou a Abin e a PF e aguarda manifestação.

A informação consta na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que autorizou a operação da corporação contra o ex-diretor-geral da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), deflagrada nesta quinta-feira (25).

O documento cita uma declaração do diretor-adjunto da agência Alessandro Moretti, em reunião feita com os investigados, que a apuração teria "fundo político e iria passar".

"Não é postura esperada de delegado de Polícia Federal que, até dezembro de 2022, ocupava a função de diretor de Inteligência da Polícia Federal, cuja essa unidade — Divisão de Operações de Inteligência — lhe era subordinada", diz a PF no documento. 

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Buscas nesta quinta-feira

Na operação desta quinta-feira (25), a Polícia Federal fez buscas em endereços no Distrito Federal, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, entre eles, o gabinete do deputado federal Alexandre Ramagem. A RECORD e o R7 procuraram a assessoria de Ramagem, que disse que não se posicionaria no momento.

A Polícia Federal também suspendeu sete policiais federais do exercício das funções públicas. As ações desta quinta (25) fazem parte das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro de 2023.

A apuração mostrou que os investigados criaram uma estrutura paralela dentro da agência. "[O grupo] utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal", explicou a PF.

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