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R7 Brasília

PF e PRF enviam grupos de elite para auxiliar buscas por fugitivos do presídio de Mossoró

Cerca de 300 homens procuram por Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, que fugiram na quarta-feira (14)

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

PF e PRF mandam grupos para auxiliar buscas
PF e PRF mandam grupos para auxiliar buscas Divulgação/Secretaria Nacional de Políticas Penais

A PF (Polícia Federal) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) vão enviar nesta sexta-feira (16) um grupo de elite formado por 25 agentes para auxiliar nas buscas dos dois presos que fugiram na última quarta-feira (14) da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). A dupla, ligada à facção criminosa Comando Vermelho, é procurada por cerca de 300 agentes.

A expectativa é de que o grupo embarque para Mossoró ainda no período da manhã. O envio dos funcionários foi definido pelo ministro, Ricardo Lewandowski. Segundo fontes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, serão enviados 18 agentes do Comando de Operações Táticas (COT), da PF, e 7 do GRR (Grupo de Resposta Rápida), da PRF.

Como mostrou o R7, os dois presos escaparam pela luminária da cela e tiveram acesso a ferramentas usadas na reforma pela qual a unidade passa. Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, uma "série de fatores" levaram à fuga de Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33, como falhas de construção da estrutura prisional e falta de funcionamento de câmeras e lâmpadas.

Os fugitivos teriam conseguido alcançar, por meio do shaft [vão interno para passagem de tubulações e instalações elétricas], o teto do sistema prisional, onde também não havia nenhuma laje, grade ou sistema de proteção. Após ultrapassaram os obstáculos, os criminosos encontraram ferramentas utilizadas na reforma do presídio. Em seguida, Deibson e Rogério se depararam com um tapume de metal que protegia o local reformado e fizeram uma brecha na estrutura. Depois, com alicates usados na obra, cortaram as grades que os separavam do mundo exterior.


"Em vez de a luminária e o entorno estarem protegidos por laje de concreto, estava fechada por um simples trabalho comum de alvenaria. Outro problema diz respeito à técnica construtiva e ao projeto. Quando os fugitivos saíram pela luminária, entraram naquilo que se chama de shaft, onde se faz a manutenção do presídio, com máquinas, tubulações e fiação", disse o ministro.

É a primeira vez que um presídio federal registra uma fuga. O país tem quatro outros presídios federais — Brasília (DF), Porto Velho (RO), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR). Além do inquérito investigativo conduzido pela Polícia Federal, foi aberta uma sindicância administrativa, para apurar eventual participação de servidores.


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Deibson e Rogério são naturais do Acre, ligados à facção criminosa Comando Vermelho e estavam detidos no local desde 27 de setembro de 2023. A penitenciária de Mossoró (RN) tem área total de 12,3 mil m².

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, os custodiados ficam em celas individuais, equipadas com dormitório, sanitário, pia, chuveiro, mesa e assento. Não há tomadas nem equipamentos eletrônicos. Cada unidade tem capacidade para 208 detentos, o que totaliza 1.040 vagas no sistema penitenciário federal. Apenas 551 (53%) espaços estão ocupados.


Veja a quantidade de presos por penitenciária federal:

• Porto Velho (RO): 134

• Catanduvas (PR): 126

• Campo Grande (MS): 115

• Mossoró (RN): 68

• Brasília (DF): 46

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