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R7 Brasília

PF investiga fala de Bolsonaro que relaciona vacina com Covid e Aids

Requerimento foi feito pela CPI da Covid-19 ao STF; ministro Alexandre de Moraes pediu apuração da Polícia Federal

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Presidente Bolsonaro em transmissão ao vivo
Presidente Bolsonaro em transmissão ao vivo

A Polícia Federal instaurou um inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro para apurar uma declaração feita no ano passado em que o mandatário, em transmissão ao vivo, relacionou a vacina contra Covid-19 com Aids, algo que não existe. A investigação foi instaurada com base em pedido do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, após requerimento de investigação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19, no Senado.

A apuração foi aberta na PF no último dia 23 de fevereiro. A delegada do caso pediu o compartilhamento de informações do inquérito do STF e da notícia de fato (processo que vem antes do inquérito) aberta pela PGR (Procuradoria-Geral da República). A investigação do Supremo foi instaurada após requerimento do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), para apurar condutas do presidente "ao propagar nas suas redes sociais notícias supostamente inverídicas".

O caso específico refere-se a falas de Bolsonaro em uma transmissão ao vivo feita no dia 21 de outubro do ano passado. Na ocasião, o presidente afirmou que "relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados [...] estão desenvolvendo a síndrome de imonudeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto”.

Na mesma transmissão, ele afirmou, citando um suposto estudo atribuído a Anthony Fauci, médico imunologista norte-americano, que "a maioria das vítimas da gripe espanhola não morreu de gripe de espanhola [...] mas de pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara." A propagação dessas informações, como destacado pela PF, pode configurar delitos de epidemia, de infração de medida sanitária preventiva e de incitação ao crime.


Entre as ações a serem tomadas, a delegada envolverá a Coordenação-Geral de Cooperação Internacional na apuração, solicitando que o Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido responda "se o referido país teria divulgado em seus sites oficiais a informação de que 'os totalmente vacinados [...] estão desenvolvendo a síndrome de imonudeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto'.

A PF também pedirá ação junto ao Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, "para saber se existe alguma publicação de profissionais que compõem o instituto, em especial do médico imunologista Anthony Fauci, concluindo que a maioria das mortes da gripe espanhola tenham acontecido devido a uma pneumonia bacteriana secundária, e que a proliferação dessa bactéria esteja associada ao uso de máscaras".

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