PF usa 'arma futurista' para abater drone na posse de Lula; veja como funciona
A DroneGun Tactical identifica equipamentos por meio de frequência e ondas de rádio em até cinco tipos de radiofrequência
Brasília|Do R7, em Brasília
A Polícia Federal utilizou uma "arma futurista" para derrubar um drone que sobrevoava, sem permissão, a área da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, durante a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), neste domingo (1°).
O equipamento, chamado de DroneGun Tactical, identifica as pequenas aeronaves não tripuladas por meio de frequência e ondas de rádio em até cinco tipos de radiofrequência. Quando um drone suspeito é localizado, o dispositivo passa a emitir um sinal que interrompe o contato com o controle original.
Para usar a arma, é preciso treino, e a dinâmica é basicamente apontar a DroneGun Tactical na direção do alvo e apertar o gatilho. Em vez de um projétil, o dispositivo dispara sinais de radiofrequência, que fazem com que o drone perca a comunicação com o controlador.
Veja outras características da DroneGun Tactical:
– pesa cerca de 7kg;
– consegue alcançar drones que estejam a mais de 1 km de distância;
– pode ser usado por até duas horas seguidas com uma única recarga; e
– é capaz de afastar uma grande variedade de modelos.
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) homologou o uso da arma em julho de 2021. A DroneGun Tactical não foi desenvolvida apenas para afastar drones que realizam filmagens não autorizadas, mas também para impedir a ação de drones que carreguem cargas perigosas, como explosivos.
O pedido de homologação à Anatel foi feito por uma empresa que trabalha diretamente com a venda de equipamentos de segurança pública e que já forneceu designadores laser para a Polícia Federal do Rio de Janeiro.
Atualmente, o equipamento também é usado em presídios de São Paulo, para evitar que drones levem celulares e drogas aos detentos.