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R7 Brasília

Prazo para entrega de sistemas de fiscalização das eleições termina nesta segunda

Partidos e instituições podem criar softwares de fiscalização dos votos; PL já apresentou a empresa contratada pela legenda

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

TSE checa segurança de novas urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições em outubro
TSE checa segurança de novas urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições em outubro

Termina nesta segunda-feira (4) o prazo para partidos, empresas e instituições que desenvolveram softwares próprios de verificação de contagem dos votos entregarem os códigos-fonte dos programas e a chave pública correspondente para homologação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)

A data também marca o último dia de audiências com as instituições interessadas em divulgar os resultados da eleição, para que mostrem como serão os padrões tecnológicos e de segurança exigidos para a divulgação da contagem dos votos.

O Partido Liberal, legenda do presidente Jair Bolsonaro, apresentou em junho a empresa contratada pela sigla para auditar as eleições presidenciais deste ano. O Instituto Voto Legal é sediado em São Paulo e dirigido pelo engenheiro Carlos Rocha. O ofício enviado ao TSE, ao qual a reportagem teve acesso, diz que a empresa liderou as equipes que desenvolveram e fabricaram as urnas eletrônicas utilizadas nas eleições de 1996. 

Já em 2016, na gestão de Gilmar Mendes à frente do TSE, a empresa foi convidada para apresentar recomendações técnicas para o desenvolvimento de uma nova urna eletrônica, com impressão do voto, para atender à legislação aprovada pelo Congresso Nacional em 2015.


O anúncio de que o PL contrataria uma empresa para auditar o pleito eleitoral foi feito pelo próprio presidente Bolsonaro no início de maio. Na ocasião, o chefe do Executivo afirmou que a decisão é um direito da legenda, visto que a legislação permite aos partidos a criação de sistema próprio de fiscalização, apuração e totalização dos resultados.

De acordo com a lei eleitoral, as empresas contratadas receberão previamente os programas de computador e os mesmos dados alimentadores do sistema oficial de apuração e totalização.


TSE sob a mira de criminosos virtuais

Nas últimas duas eleições, o TSE registrou problemas de informática durante a realização do pleito. Em razão da importância da votação, grupos de hackers e criminosos que atuam de forma isolada miram os computadores e sistemas da corte para tentar atrapalhar o processo de escolha dos representantes por parte de 147 milhões de eleitores. Especialistas alertam para a necessidade de o tribunal se preparar para investidas cibernéticas.

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Em 2018, o TSE foi alvo de uma invasão nos servidores, e a consequência teria sido a exposição indevida de dados de servidores que estavam na intranet (rede interna). O fato resultou na abertura de um inquérito por parte da Polícia Federal. De acordo com a corte, "o acesso indevido, objeto de investigação, não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018. Isso porque o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação".

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