Processo que pode cassar Zambelli vai ouvir hacker como testemunha
Relator do processo na CCJ atendeu pedido da defesa de vai ouvir seis testemunhas
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Atendendo a pedido da defesa da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), o deputado federal Diego Garcia (Republicanos-PR), relator do processo que pode resultar na cassação do mandato da parlamentar, ouvirá todas as testemunhas indicadas pelo advogado Fabio Pagnozzi.
A informação foi confirmada por Garcia ao portal R7. O processo tramita na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados. A deputada prestará depoimento por videoconferência, por estar presa na Itália desde 29 de julho.
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Eis as testemunhas indicadas pela defesa:
- Walter Delgatti, condenado no mesmo processo envolvendo a parlamentar;
- General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Michel Spiero, assistente técnico da defesa;
- Flávio Vieitez Reis, delegado da PF (Polícia Federal) responsável pelo inquérito;
- Felipe Monteiro de Andrade, agente da PF responsável pela fundamentação das acusações contra Zambelli.
Segundo Garcia, não há datas definidas para as oitivas. Todas as testemunhas foram convidadas, sem obrigatoriedade de comparecimento.
Além disso, a comissão dará preferência aos depoimentos presenciais, mas poderá autorizar participação remota.
A defesa busca garantir que Zambelli possa confrontar o hacker, a fim de apresentar versões distintas sobre a invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O episódio motivou a condenação de ambos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Zambelli presa na Itália
Detida desde terça-feira (29), a deputada permanece no presídio feminino Germana Stefanini, localizado na região de Rebibbia. Durante audiência de custódia realizada na semana passada, a detenção foi mantida.
Conforme a defesa, uma nova audiência de custódia está prevista para 13 de agosto. Até essa data, os advogados não devem se manifestar judicialmente. A expectativa é de que o ministro da Justiça italiano negue o pedido de extradição.
Na quinta-feira (31), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a AGU (Advocacia-Geral da União) acompanhe o caso e adote providências relacionadas à extradição.
Viagem para o exterior
Licenciada desde 5 de julho por 127 dias, Zambelli viajou à Itália no início de junho. Segundo a defesa, ela se apresentou voluntariamente às autoridades italianas.
Em vídeo divulgado após a prisão, a deputada declarou não ter intenção de retornar ao Brasil, mas demonstrou disposição para cumprir pena em território italiano.
Condenada pelo STF a dez anos de prisão, Zambelli também perdeu o mandato e recebeu multa no valor de R$ 2 milhões. A decisão trata da invasão aos sistemas do CNJ.
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