Rio São Francisco: Lula cobra ação de prefeitos e governadores em obra de transposição
Presidente pontuou que Executivo local deve viabilizar a chegada da água aos moradores e pequenos agricultores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou de prefeitos e governadores de diversos estados ações voltadas à finalização das obras de transposição do Rio São Francisco. Durante discurso, nesta quarta-feira (28), o presidente destacou que o governo federal implementa a transposição, mas a vascularização e o projeto de levar essa água para a casa de cada morador e cada agricultor é responsabilidade do Executivo local.
“A gente está fazendo a primeira parte da obra que é trazer a água, mas essa água precisa chegar nas casas, e aí precisa dos governadores e prefeitos participarem, essa obra tem que chegar no pequeno agricultor, porque o grande tem dinheiro para comprar bomba, trator, motor, o pobre não tem”, disse.
Leia mais
Lula acrescentou que a obra de transposição é a “redenção de um povo”. “O fim da transposição não é terminar essa obra, mas chegar [água] na casa das pessoas tratada e com qualidade”, disse.
No discurso, o presidente também lembrou da infância, e disse que para governar o Brasil é preciso ter coração e sentimento. As declarações foram dadas em agenda em Pernambuco nesta quarta-feira (28), onde Lula assinou ordem de serviço, no valor de R$ 491,3 milhões, para duplicar a capacidade de bombeamento de água em todo o Eixo Norte do Projeto de Integração do São Francisco.
Com a medida, as estações de bombeamento intermunicipais EBI1, em Cabrobó (PE); EBI2, em Terra Nova (PE); e EBI3, em Salgueiro (PE), ganham mais bombas e a capacidade de bombeamento aumenta de 24,75 m³/s, para 49 m³/s. A expectativa é que a medida beneficie 237 municípios e cerca de 8,1 milhões de pessoas em Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Reforma do setor elétrico
Lula comentou a medida provisória enviada ao Congresso Nacional de reforma do setor elétrico. A expectativa é isentar quase 60 milhões de pessoas do pagamento da tarifa de energia elétrica e reduzir o custo para os moradores que que ganham entre meio e um salário mínimo.
“Toda vez que a gente quer promover o pobre e aumentar um pouquinho a receita do pagamento dos ricos, tem sempre muita gente contra. Mas essa medida é uma medida que vai beneficiar quase 120 milhões de pessoas”, disse Lula.
A medida provisória cria uma nova tarifa social de energia elétrica e um desconto social. Segundo o governo, as famílias que recebem até meio salário mínimo por pessoa vão ter gratuidade mensal no consumo de até 80 kWh. Nesse perfil, serão beneficiadas famílias cadastradas no CadÚnico, pessoas com deficiência ou idosos, indígenas e quilombolas.
A expectativa é que a medida atenda 60 milhões de pessoas e tenha um custo de R$ 3,6 bilhões por ano, que serão recompensados pela abertura do mercado e reequilíbrio do setor, de acordo com o governo federal.
Enquanto isso, na tarifa social, o grupo que ganha até meio e um salário mínimo não pagará o CDE (Conta de Desenvolvimento Energético). Essa outra medida beneficiaria 55 milhões de pessoas.
Com a MP, a partir de dezembro de 2027, todos os consumidores poderão também escolher o fornecedor de energia elétrica.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
