‘Sabia que uma hora a conta ia chegar’, diz Silas Malafaia sobre ser alvo de Alexandre de Moraes
Pastor diz que investigação é em retaliação por denúncias de supostos crimes praticados pelo ministro
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O pastor Silas Malafaia insinuou nesta quinta-feira (21) ter se tornado alvo do ministro Alexandre de Moraes em retaliação às críticas dirigidas a ele. “Eu sabia que uma hora a conta ia chegar”, declarou.
Segundo Malafaia, as denúncias contra Moraes começaram em vídeos publicados na internet, acusando-o de cometer “as maiores arbitrariedades, rasgando sucessivamente a Constituição”.
A declaração ocorreu durante um culto na zona norte do Rio de Janeiro. Na quarta-feira (20), Malafaia foi alvo de mandado de busca e apreensão expedido pelo STF e abordado no aeroporto do Galeão, ao retornar de viagem a Portugal.
LEIA TAMBÉM
Durante o encontro religioso, chamou a Polícia Federal de “Gestapo de Alexandre de Moraes”.
“Isso não é Polícia Federal”, exclamou, em referência à polícia secreta da Alemanha Nazista utilizada para perseguir opositores.
Malafaia acrescentou que o medo das pessoas em expor opiniões nas redes sociais “é a maior prova que o Estado Democrático está em perigo”.
Ele afirmou ainda: “Todas as perseguições políticas terminam na religiosa. Hitler, o comunismo da União Soviética, da Coreia, de Cuba e de China atualmente e as ditaduras do mundo. O final é perseguição religiosa”.
“Eu não vou parar, eu não vou me calar, e eu vou continuar a minha marcha naquilo que Deus me chamou para fazer”, reforçou.
Conversas com Bolsonaro
Ao comentar a apreensão do celular do ex-presidente Jair Bolsonaro, Malafaia disse que houve “uma coisa boa” nas mensagens reveladas.
“Mostra que não sou bolsominion, que não sou um puxa-saco, mostra que sou um cara independente. Critico quando tem que criticar, elogio quando tem que elogiar, meu papel profético”, afirmou.
O pastor criticou a divulgação das conversas entre ele e Bolsonaro, obtidas pela PF após a quebra de sigilo, classificando o episódio como “vazamento de informações”.
Para ele, a exposição teria sido uma estratégia para “tirar a atenção” dos crimes supostamente cometidos por Alexandre de Moraes.
“Esse homem [Moraes] vai ser julgado, ou pelas leis desse país ou pela ação de Deus, ou as duas coisas juntas. Mas ele vai cair, vai chegar a hora dele. Eu não desejo o mal pra ninguém, mas vai chegar”, disse.
Malafaia negou vínculo com os crimes investigados contra Bolsonaro e alegou estar sofrendo perseguição.
“Eu não tenho medo de ser preso, eu não tenho medo de ser retaliado. E a pior coisa é você lutar com alguém que não tenha medo naquilo que você quer lutar. Eu não tenho medo de nada disso”, concluiu.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
