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R7 Brasília

‘Se pune para desestimular as pessoas de delinquirem’, diz Barroso um ano após 8/1

Presidente do STF, que participa de ato em alusão a ataques extremistas de 8 de Janeiro, chamou ato de 'alucinação coletiva' 

Brasília|Gabriela Coelho e Giovanna Inoue, Do R7, em Brasília

Punir para desestimular a delinquir, diz Barroso
Punir para desestimular a delinquir, diz Barroso Gabriela Coelho/R7

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (8), um ano após os atentados de vândalos contra os prédios dos três poderes, em Brasília, que nenhum juiz fica feliz ao condenar uma pessoa, mas que é preciso agir para evitar novos atos extremistas. "Se pune para para desestimular as pessoas de delinquirem", disse.

“Tratar com condescendência o que aconteceu é dar um incentivo para que os derrotados da próxima eleição, sejam quem forem, também se sintam no direito de depredar os prédios das instituições públicas. Estamos aqui para evitar que isso aconteça de novo. Nós jamais esqueceremos. Manter viva a história de um país que não queremos”, afirmou o ministro.

A declaração foi dada na abertura da exposição “Após 8 de janeiro: Reconstrução, memória e democracia”, em alusão ao atentado criminoso que vandalizou órgãos e instalações públicas no dia 8 de janeiro de 2023.

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“Numa espécie de alucinação coletiva, milhares de pessoas, aparentemente comuns, insufladas por falsidades, teorias conspiratórias, sentimentos antidemocráticos e rancor foram transformadas em criminosos, aprendizes de terroristas. Estão sendo todos processados, na forma da lei, pelos crimes que cometeram: tentativa de golpe de Estado, de abolição violenta do Estado democrático de direito e a depredação do patrimônio público, entre outros delitos”, disse.


Segundo Barroso, “a verdade não tem dono e ninguém tem o monopólio do amor ao Brasil”. “Precisamos viver a verdadeira pacificação da sociedade, em que pessoas que pensam de maneira diferente possam se sentar à mesma mesa e conversarem, com respeito e consideração, sem ofensas ou desqualificações. Em busca das melhores soluções para um país melhor e maior. O Brasil merece.”

A iniciativa da exposição voltada à preservação da memória institucional do STF mostra cenas que simbolizam a resistência do Supremo diante da retomada das atividades da Casa. A mostra também contempla o projeto “Pontos de Memória”, implementado logo após os atos antidemocráticos e que expõe peças danificadas, fragmentos decorrentes da violência e demais vestígios físicos do ataque. Os itens estão instalados em locais de maior circulação de pessoas na Casa.

Para o ministro, uma imprensa livre tem papel importante de reocupar tempo de narrativas falsas. “A imprensa tem esse papel com visão plural da vida citar espaço que as pessoas formem suas opiniões mas sem criar narrativa. Mentir precisa voltar a ser errado de novo”, disse.

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