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Senadores podem decidir sobre fim das saídas temporárias nesta terça; confira pauta do plenário

Mudanças no Conselho Superior da Justiça do Trabalho e nas regras para candidatura de militares são outros temas previstos

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Plenário do Senado pode votar restrição de saidinhas
Plenário do Senado pode votar restrição de saidinhas Plenário do Senado pode votar restrição de saidinhas (Marcos Oliveira/Agência Senado - 8.11.2023)

O projeto que limita as saídas temporárias de presos condenados, conhecidas como "saidinhas", tem previsão para ser votado no Senado na sessão desta terça-feira (20). O texto é um dos itens da pauta da sessão plenária, marcada para começar às 14h. Como houve alteração da proposta em relação à que foi aprovada na Câmara, caso passe pelo crivo dos senadores, será preciso passar por uma reanálise dos deputados federais antes de ir para a sanção presidencial. 

A saída temporária é um benefício previsto no artigo 122 da Lei de Execuções Penais e se aplica aos condenados que estejam no regime semiaberto e já tenham cumprido um quarto da pena. A ideia é estimular a volta ao convívio social, liberando o preso temporariamente durante feriados e pontos facultativos.

A proposta entrou na ordem do dia após aprovação de requerimento de urgência, o que eliminou a discussão na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). A matéria prevê a realização de exame criminológico para a progressão de regime e o uso de tornozeleira eletrônica em presos dos regimes aberto e semiaberto ou em progressão para esses regimes.

O relator da proposta é o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que acolheu uma emenda do senador Sergio Moro (União-PR). A sugestão defende a manutenção da saída temporária de presos apenas nos casos para curso supletivo profissionalizante ou de instrução do ensino médio ou superior.

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A expectativa é de que todo esse processo de deliberação no Congresso seja acelerado. O projeto tramita no Legislativo há mais de uma década, mas o tema ganhou apelo após o assassinato do sargento da Polícia Militar de Minas Gerais Roger Dias por um presidiário que descumpria o prazo do benefício.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) já sinalizou que os parlamentares promoverão mudanças sobre o sistema prisional e tem defendido a revisão do Código Penal, bem como de "institutos penais que existem, com o livramento condicional, comutação, indulto, saídas temporárias".

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"[É preciso que] sejam aferidos e possam ter critérios para serem utilizados para evitar que acontecimentos como este de Minas Gerais se repitam." Pacheco destacou a recorrência de crimes envolvendo saídas temporárias, que "em vez de servirem a propósito de ressocialização, têm sido um instrumento de permitir a liberdade daqueles que não têm condição de estar em liberdade".

O projeto de lei também trata sobre realização de exame criminológico para a progressão de regime e determina que um condenado só terá direito se "ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento e pelos resultados do exame criminológico". 

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Outros itens na pauta

Também está prevista na pauta a discussão da proposta de emenda à Constituição para que o tempo de serviço exigido para que militares federais possam concorrer em eleições sem perder a remuneração passe para 35 anos. Pelas regras atuais, esse tempo mínimo é de 10 anos.

Na proposta, o autor, senador Jaques Wagner (PT-BA), sugere que militares que não tenham contribuído pelo menos 35 anos vão para a reserva não remunerada no ato do registro da candidatura.

A PEC ainda precisa passar por mais três sessões de análise antes de ser votada em primeiro turno. Depois, vai para a Câmara dos Deputados. 

Na pauta de votação está o projeto que trata da estrutura do CSJT (Conselho Superior da Justiça do Trabalho), aumentando de 11 para 12 o número de integrantes do órgão. 

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