Sete governadores do Brasil se reúnem em ato pró-anistia com Jair Bolsonaro
Grupo se reuniu no Palácio dos Bandeirantes antes do início das manifestações na Avenida Paulista neste domingo
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília e Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window
Sete governadores do Brasil se reuniram neste domingo (6) com o ex-presidente da República Jair Bolsonaro para participarem dos atos pró-anistia na Avenida Paulista. Os chefes do Executivo estadual se encontraram no Palácio dos Bandeirantes, gesto visto pelo presidente do Progressistas e senador pelo Piauí, Ciro Nogueira (PP), como de união da Direita.
“Fiquei extremamente feliz em ver esta foto reunindo os governadores Romeu Zema (MG), Jorginho Mello (SC), Tarcísio (SP), Ronaldo Caiado (GO), Wilson Lima (AM), Ratinho (PR) e Mauro Mendes (MT) ao lado do nosso Capitão Bolsonaro. É assim que queremos ver a direita: unida em defesa do nosso Brasil. Vou fazer todo o possível para que esse grupo esteja unido nas eleições do ano que vem”, escreveu ele nas redes sociais.
A união da direita também foi comentada em discurso feito pelo líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). “A direita está mais unida do que nunca. O presidente Bolsonaro reúne seis governadores para dizer: 2026 é Bolsonaro de volta. O ovo está caro. Saudade de Bolsonaro. Nós vamos ter as 257 assinaturas, se Deus quiser. Ninguém vai nos parar até que a anistia seja aprovada”, disse.
O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou às ruas neste domingo para um ato em prol da anistia aos presos e condenados pelos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023. Três semanas depois da manifestação realizada no Rio de Janeiro.
O protesto contou com a presença de lideranças da oposição no Congresso, como o deputado Luciano Zucco (PL-RS) e o senador Rogério Marinho (PL-RN), além do líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ).
Também compareceram os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Wilson Lima (União-AM).
A oposição tenta usar como símbolo no ato casos como o da cabeleireira Débora Rodrigues, que aguarda julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal). Ela usou um batom para pichar a estátua “A Justiça” com a frase “Perdeu, mané” no 8 de Janeiro. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, defende 14 anos de prisão mais multa.
Débora ficou presa em uma penitenciária comum por dois anos, mas foi para prisão domiciliar no fim de março. Nas imagens de divulgação da manifestação deste domingo, aparecem desenhos de batom e fotos de Débora.
A ideia é que o ato dê celeridade à tramitação do projeto da anistia. A oposição defende que há injustiças e excessos nas prisões e condenações. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do 8 de Janeiro, houve 497 ações penais com condenações, com 240 pessoas recebendo penas de até 1 ano de prisão, revertidas em medidas restritivas de direitos. As penas a partir de 14 anos atingiram 205 condenados até o momento.
O PL, de Bolsonaro, pede que o texto seja levado diretamente ao plenário da Casa por meio de um requerimento de urgência. O partido pede o apoio de parlamentares para apresentar o requerimento, e ao menos 173 deputados assinaram o documento — são necessárias pelo menos 257 assinaturas.
Além disso, o partido precisa da vontade política do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pautar a urgência e, posteriormente, o mérito do projeto.
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