Projeto de câmeras corporais para agentes da PMDF é ‘urgente’, diz SSP
Ideia é que 300 policiais militares de batalhões de trânsito da área central de Brasília utilizem o recurso
Brasília|Do R7
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Distrito Federal afirma que o projeto de implantação de câmeras corporais para agentes da PMDF (Polícia Militar do DF) é “urgente”, e expectativa é que ele seja implantado no “espaço de tempo mais curto possível”. O projeto começou a ser construído em 2018 e atualmente aguarda a aprovação do TCDF (Tribunal de Contas do DF) por questões técnicas.
No Distrito Federal, o projeto propõe a implementação de 300 câmeras corporais em agentes da Polícia Militar, principalmente em batalhões de trânsito na área central de Brasília.
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O tribunal manteve a suspensão do projeto em agosto deste ano por entender que faltavam estudos detalhados sobre questões econômicas e operacionais. Entrave é no armazenamento das imagens que seriam feitas pelas câmeras: a PMDF propôs acompanhar o sistema utilizado pela polícia de São Paulo, que contrata um serviço específico de armazenamento das imagens em uma nuvem.
O chefe da diretoria de telemática da PMDF, coronel Clauder Costa de Lima, explica que o TCDF avaliou que esse formato seria muito caro e questionou se a PMDF não poderia utilizar o sistema de nuvem que já é utilizado pelo GDF (Governo do DF).
Mas, segundo o coronel, essa opção não seria viável por falta de “corpo técnico para cuidar dessas questões de infraestrutura”. “A gente entendeu que fazer o armazenamento na nuvem do GDF traria uma economia pequena, mas aumentaria o risco de segurança dessas imagens”, relata.
O TCDF, então, solicitou um estudo técnico sobre essas questões, que está sendo feito pela PMDF. O secretário executivo de gestão integrada da SSP, coronel Bilmar Angelis de Almeida Ferreira, acredita que o entrave é apenas técnico e deve ser superado. Segundo ele, o “caminho burocrático é sempre longo”, mas a pasta prioriza o projeto.
O deputado distrital Fábio Felix (Psol), presidente da comissão de direitos humanos da CLDF (Câmara Legislativa do DF), afirma que o projeto “transcende partidos” e “não se trata de bandeira ideológica”. Ele afirma que vai marcar uma reunião “o quanto antes” entre a relatora do caso no TCDF e a PMDF para agilizar o processo e melhorar o diálogo entre as partes.
Para o coronel Bilmar, a ideia da reunião é “excelente”. “É importante que a gente possa ampliar essa discussão e encurtar caminhos”, afirma.