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STJ encaminha ação do Rumble contra Moraes à PGR

Processo na Justiça dos EUA faz parte de uma investida do governo americano contra o ministro do STF

Brasília|Do Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O STJ encaminhou ação da Rumble e Trump Media contra Alexandre de Moraes à PGR.
  • A ação acusou Moraes de violar a liberdade de expressão ao ordenar a remoção de conteúdos do Rumble.
  • Moraes, que relatou a sentença contra Jair Bolsonaro, enfrenta sanções dos EUA, incluindo a aplicação da Lei Magnitsky.
  • Pressões externas foram atribuídas às ações de uma "organização miliciana", segundo Moraes.

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Ministro Alexandre de Moraes
Moraes é acusado de violar preceitos da liberdade de expressão nos EUA TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 29.9.2025

O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Herman Benjamin, encaminhou a ação da rede social americana Rumble e da Trump Media contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes à PGR (Procuradoria-Geral da República). Caberá ao Ministério Público se manifestar sobre o caso.

O despacho foi assinado na última segunda-feira (29), mesmo dia em que Moraes assumiu a vice-presidência do STF.


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A ação, movida em fevereiro, acusa Moraes de violar preceitos da liberdade de expressão nos Estados Unidos ao enviar ordens para retirar conteúdo publicado no Rumble e pede que suas decisões sejam consideradas ilegais no país.

A Justiça Federal da Flórida notificou o STJ em agosto para que o ministro fosse intimado.


Investida contra Moraes

O processo faz parte de uma investida do governo americano contra o magistrado, que já teve seu visto cancelado e foi sancionado pela Lei Magnitsky, criada para punir terroristas e ditadores. A punição veda o acesso ao sistema financeiro dos Estados Unidos, o que inviabiliza uso de cartões de crédito, bancos e corretoras sediadas naquele país.

Moraes é o relator do processo que sentenciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado do presidente americano, Donald Trump, a 27 anos e três meses de prisão por tramar um golpe de Estado com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.


Moraes chegou a afirmar que as pressões externas são fruto das ações de uma “organização miliciana”.

“Enganam-se essa organização miliciana e aqueles brasileiros escondidos e foragidos fora do território nacional em esperar fraqueza institucional ou debilidade democrática”, afirmou após as penalizações.


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está desde fevereiro nos Estados Unidos, de onde articula junto a autoridades locais sanções contra autoridades brasileiras envolvidas no processo de que seu pai é alvo.

Histórico de Moraes com a Rumble

Advogado do Rumble nos Estados Unidos, Martin de Luca chegou a celebrar a aplicação da Magnitsky contra Moraes.

“Nenhum juiz estrangeiro tem autoridade para censurar o discurso americano ou penalizar empresas americanas por cumprirem as proteções constitucionais em solo americano”, afirmou em nota quando da decisão do governo americano de punir o magistrado. O texto pedia ainda que o STF “reverta essas ordens ilegais e restaure o acesso total ao Rumble no Brasil”.

O embate da plataforma do Moraes começou quando a empresa se recusou a cumprir determinações para retirar do ar perfis acusados por ele de se envolver em ataques à democracia. Entre os alvos das decisões, estão o blogueiro Allan dos Santos.

Em fevereiro, o ministro bloqueou a rede social no Brasil devido à recusa da companhia a indicar representante legal no país.

Mais recentemente, Moraes ordenou também a suspensão do perfil do comentarista Rodrigo Constantino, agora cidadão americano residente dos Estados Unidos.

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