Tarifaço: Alckmin defende ‘diálogo’ e diz estar ‘otimista’ com encontro entre Lula e Trump
Vice-presidente da República reforçou importância do discurso do presidente brasileiro na ONU
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O vice-presidente Geraldo Alckmin, principal negociador pela redução das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, voltou a defender a importância do diálogo diante da iminência do encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump na próxima semana.
Segundo Alckmin, após os discursos dos dois presidentes na 80ª Assembleia Geral da ONU, há um caminho para investimentos estratégicos.
“O caminho é o do diálogo e da negociação. O Brasil tem uma tarifa média, dos Estados Unidos para nós, de 2,7%, então é uma tarifa média baixa. Dos 10 produtos que os Estados Unidos mais exportam para o Brasil, oito têm tarifa zero. Agora, sempre tem espaço para o diálogo: questões tarifárias, não tarifárias e muita oportunidade de investimento”, garantiu.
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O vice-presidente evitou cravar alguma expectativa sobre o encontro anunciado por Trump nesta terça-feira (23), após sucessivas tentativas de diálogo por parte do governo brasileiro com representantes americanos. Mas Alckmin disse que a “química” entre Lula e Trump pode ser positiva.
“[Importante] destacar como o discurso do presidente Lula nas Nações Unidas foi um discurso importante, mandando uma mensagem ao povo brasileiro. E vamos destacar o bom encontro, rápido, mas o bom encontro entre os presidentes [Lula e Trump]. Acho que tem tudo para a gente poder avançar. A boa química entre as pessoas ajuda no fortalecimento das relações entre os países também. Então, estamos otimistas”, afirmou.
No entanto, questionado sobre a possibilidade de o Brasil reduzir, por exemplo, a tarifa de importação de etanol, Alckmin reforçou o diálogo e as oportunidades de investimento no Brasil, destacando o potencial do país com energia renovável.
Alckmin também evitou fazer declarações mais incisivas sobre a regulação das big techs estarem na mesa para negociação com o governo Trump.
“Na questão das big techs, fizemos várias reuniões com todas elas. Temos tido um diálogo permanente. Essa é uma questão nova, o mundo inteiro discute hoje regulação e como conciliar liberdade de expressão e, por outro lado, como proteger, por exemplo, as crianças da prostituição infantil e pedofilia. É preciso ter responsabilidade”, disse.
O vice-presidente ainda ressaltou os 200 anos de amizade entre Brasil e Estados Unidos e observou que as duas nações são “as maiores economias e democracias das Américas”.
Encontro com Trump
Em meio à tensão diplomática com o Brasil, Trump afirmou que ele e Lula tiveram uma “química excelente” ao se cumprimentarem antes do início da Assembleia Geral da ONU.
Segundo Trump, ele entrava para discursar, enquanto Lula saía quando os dois se viram. “Nos abraçamos”, detalhou, completando que ambos concordaram em ter “um encontro na próxima semana”
“Ele me parece um homem muito agradável. Ele gostou de mim, eu gostei dele. E eu só faço negócios com pessoas que eu gosto. Tivemos, ao menos por 39 segundos, uma excelente química. É um bom sinal. Sem a gente [EUA], eles [Brasil] vão falhar assim como outras nações”, comentou Trump.
A fala foi feita após o presidente americano discursar sobre as tarifas comerciais aplicadas pelos EUA aos demais países. Segundo ele, a medida é um mecanismo para garantir a “soberania e segurança” do país, justificando, ainda, que durante “muitos anos”, diversas nações foram injustas com os EUA.
Perguntas e Respostas
Qual é a posição de Geraldo Alckmin sobre o diálogo entre Brasil e Estados Unidos?
Geraldo Alckmin, vice-presidente e principal negociador pela redução das tarifas impostas pelos Estados Unidos, defende a importância do diálogo, especialmente com o iminente encontro entre Lula e Trump. Ele acredita que esse diálogo pode abrir caminhos para investimentos estratégicos.
O que Alckmin disse sobre as tarifas entre Brasil e Estados Unidos?
Alckmin mencionou que a tarifa média dos Estados Unidos para produtos brasileiros é de 2,7%, considerada baixa. Ele destacou que oito dos dez produtos mais exportados pelos EUA para o Brasil têm tarifa zero e que sempre há espaço para discutir questões tarifárias e não tarifárias.
Qual é a expectativa de Alckmin para o encontro entre Lula e Trump?
Alckmin evitou fazer previsões concretas sobre o encontro, mas expressou otimismo em relação à “química” entre Lula e Trump, que pode ser positiva para as relações entre os países.
O que Alckmin disse sobre a tarifa de importação de etanol?
Quando questionado sobre a possibilidade de redução da tarifa de importação de etanol, Alckmin reiterou a importância do diálogo e das oportunidades de investimento no Brasil, enfatizando o potencial do país em energia renovável.
Como Alckmin abordou a questão das Big Techs?
Alckmin comentou que o governo brasileiro tem mantido um diálogo constante com as Big Techs, mas evitou fazer declarações definitivas sobre a inclusão dessas empresas nas negociações com o governo Trump. Ele destacou a necessidade de equilibrar liberdade de expressão e proteção contra abusos, como a prostituição infantil.
Qual é a relação histórica entre Brasil e Estados Unidos segundo Alckmin?
Alckmin ressaltou os 200 anos de amizade entre Brasil e Estados Unidos, destacando que ambos são as maiores economias e democracias das Américas.
O que Donald Trump disse sobre sua interação com Lula?
Donald Trump afirmou que teve uma “química excelente” com Lula durante um cumprimento antes da Assembleia Geral da ONU. Ele mencionou que ambos concordaram em se encontrar na próxima semana e elogiou Lula como uma pessoa agradável.
Qual foi a justificativa de Trump para as tarifas comerciais?
Trump justificou as tarifas comerciais como um mecanismo para garantir a soberania e segurança dos Estados Unidos, alegando que muitas nações foram injustas com os EUA ao longo dos anos.
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