O TCU (Tribunal de Contas da União) investiga contratos firmados por uma empresa com o governo durante as gestões do ex-ministro Eduardo Pazuello nos ministérios da Defesa e da Saúde. As diligências ocorrem a pedido da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Os contratos que estão sob apuração somam R$ 146 milhões.
De acordo com o TCU, a empresa ISM Gomes de Mattos Eireli foi contratada em 2018 para fornecer refeições a refugiados venezuelanos que chegaram ao Brasil por meio da fronteira. O contrato ocorreu no âmbito da Operação Acolhida, realizada pelo Ministério da Defesa diante da crise política, econômica e social no país vizinho.
"A empresa teria firmado a maior parte dos contratos de fornecimento de refeições, totalizando mais de R$ 141 milhões, nos anos de 2018 a 2020. Em média, o gasto foi de R$ 35 milhões anuais e a operação teve como coordenador o general Eduardo Pazuello, no período compreendido entre 15/2/2018 e 28/4/2020", informou o TCU.
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Em seguida, após Pazuello deixar a Defesa e assumir o comando do Ministério da Saúde, a mesma empresa foi contratada para fornecer refeições aos pacientes, acompanhantes e residentes do Hospital Federal Cardoso Fontes por R$ 5,6 milhões. Durante a sessão, o ministro Vital do Rêgo ressaltou que "chamaram atenção as sucessivas contratações da empresa ISM Gomes de Mattos Eireli para o fornecimento de refeições aos acolhidos".
A investigação no TCU deve durar 180 dias. Depois desse prazo, as informações serão enviadas ao Congresso Nacional. O R7 tenta contato com o ex-ministro.