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Tebet diz que governo está fazendo o 'dever de casa' e espera 'gesto positivo' do Banco Central

Ministra do Planejamento voltou a pressionar o Banco Central pela diminuição da taxa de juros no país, que está em 13,75%

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cerimônia de posse
Ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cerimônia de posse Ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cerimônia de posse

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta quinta-feira (2) que as últimas medidas apresentadas pelo governo federal, como a retomada da cobrança de tributos federais sobre gasolina e etanol, mostram que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está fazendo o "dever de casa". Ela ressaltou que espera um "gesto positivo" do Banco Central a favor do país.

"O governo está abrindo diálogo com o Banco Central, mostrando que a inflação não é por demanda, tivemos um crescimento acima das expectativas, nós estamos fazendo o dever de casa consequentemente. É possível um gesto. Nós não queremos nenhuma generosidade, mas um gesto positivo a favor do Brasil", alegou Tebet.

Na última quarta-feira (1º), a ministra do Planejamento havia dito que o governo tem feito esforço concentrado para mostrar ao BC que é possível diminuir a taxa de juros no país, a Selic, atualmente em 13,75%.

"O que nós estamos fazendo é um esforço concentrado para mostrar ao Banco Central, na próxima reunião do Copom, que o problema da inflação não é demanda. Isso é um ponto importante e inicial que nos dá tranquilidade de ter segurança do que estamos falando. É possível diminuir os juros no Brasil, ainda que não nos patamares que queremos", defendeu Tebet na ocasião.

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A partir desta quarta-feira (1º), o Executivo começou a cobrar um imposto de R$ 0,47 sobre a gasolina e de R$ 0,02, sobre o etanol. A avaliação do Ministério da Fazenda é de que a medida beneficia a inflação a longo prazo e tende a abrir espaço para a diminuição da taxa de juros.

No início do ano, o presidente Lula assinou uma medida provisória que determinava que PIS/Cofins e Cide-Combustíveis fossem zerados por dois meses na comercialização de gasolina e etanol. O ato expirou nesta terça-feira (28), e o governo federal não quis prorrogar a isenção.

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Para evitar um impacto maior aos consumidores, o Executivo optou por retomar a cobrança dos impostos de forma gradual. De acordo com o Ministério da Fazenda, neste momento, apenas PIS/Cofins voltarão a incidir sobre gasolina e etanol, com subida de R$ 0,34 e R$ 0,02, respectivamente.

No início de fevereiro, diante da piora nas expectativas do mercado financeiro para a inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. É a quinta vez consecutiva com esse patamar de juros, o maior desde o início de 2017. A Selic ficará vigente até o fim de março, quando os diretores do BC voltam a se encontrar para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.

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