‘Tudo será examinado pelos chefes de Estado’, diz Vieira sobre entrada da Venezuela nos Brics
Grupo se reúne nesta semana em Kazan, na Rússia, para debater a ampliação e entrada de novas nações no bloco de países emergentes
Brasília|Do R7
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta terça-feira (22) que a entrada da Venezuela nos Brics será analisada durante a 16ª Cúpula do grupo. Questionado pela RECORD se havia alguma chance de o Brasil vetar a participação venezuelana, Vieira respondeu: “tudo será examinado pelos chefes de Estado”.
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Na segunda-feira (21), o ministro disse à RECORD que “todos os países candidatos têm chances de entrar nos Brics”. Nos bastidores, no entanto, o governo brasileiro aponta que deve ser contrário à entrada da Venezuela.
Inicialmente, os Brics reuniam Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Entraram para o grupo posteriormente Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos. Será a primeira cúpula com os novos integrantes, que são considerados membros plenos e, por isso, também têm poder de veto.
Cúpula dos Brics
Dezenas de autoridades e chefes de Estado se reúnem nesta semana na Rússia para a cúpula dos Brics. A reunião ocorre em Kazan, entre esta terça-feira (22) e quinta-feira (24). O presidente Lula cancelou sua viagem ao evento após sofrer um acidente doméstico, mas participa das reuniões por videoconferência. O Brasil é representado pelo ministro das Relações Exteriores.
“Na Cúpula de Joanesburgo, em 2023, foram incorporados novos membros plenos e, naquela ocasião, se encomendou ao canal de Sherpas a elaboração da categoria de parceiros. É nisso que é consumido o nosso trabalho neste semestre, quais são os critérios para essa modalidade, e há uma expectativa de que, aprovada essa modalidade, possa ser feito um anúncio dos países que seriam convidados para integrar essa categoria”, explicou o secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, embaixador Eduardo Paes Saboia.
A programação também inclui um jantar de boas-vindas oferecido pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, aos demais líderes. A Rússia detêm até o fim de 2024 a presidência rotativa do grupo. A partir de 1º de janeiro de 2025, o Brasil assume o comando.