Veja como estão as articulações para ocupar secretarias e administrações no Governo do DF
Antes mesmo do início do novo mandato, o governador Ibaneis deverá designar nomes para as pastas
Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília
Passado o segundo turno das eleições, a articulação entre o Governo do Distrito Federal e a Câmara Legislativa do DF (CLDF) para designar secretarias e administrações regionais se acelerou. Os distritais Agaciel Maia (PL) e Rodrigo Delmasso (Republicanos), que não se reelegeram, estão entre os cotados para assumir cargos no Executivo.
Os nomes de Cláudio Abrantes (PSD), que também não se reelegeu, e do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, também aparecem nas conversas de bastidor. Torres, porém, pode enfrentar resistência. Isso porque, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), espera-se que Ibaneis faça gestos para se aproximar do novo presidente da República, o que desfavorece nomes do primeiro escalão de Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas.
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Entre os distritais fiéis a Ibaneis, mas que não se reelegeram, Agaciel Maia (PL) ainda estuda que caminho traçará após o fim da gestão. Uma fonte do Executivo afirmou ao R7 que tanto ele quanto Delmasso e Abrantes podem integrar a administração, mas não necessariamente em cargos do primeiro escalão.
Outro nome que surge é o do ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB), que esteve ao lado da Ibaneis durante toda a campanha do primeiro turno. Para Filippelli também existe a possibilidade de ocupar um cargo no governo.
Além de uma vaga para Delmasso, o Republicanos, como partido, também deve ganhar mais espaço na adminstração distrital. O partido cresceu politicamente com a eleição da ex-ministra Damares Alves para o Senado, três deputados federais e um distrital. O mesmo ocorre com o MDB e o PL, que cresceu em representantes na Câmara dos Deputados e na Câmara Legislativa do DF, onde tem quatro parlamentares, a maior bancada partidária da casa.
Administrações regionais
Além de secretarias e subsecretarias, o governo também vai designar nomes para as administrações regionais. Nesse caso, é importante lembrar que o DF ganhará mais duas administrações com a criação das regiões administrativas de Água Quente, hoje parte do Recanto das Emas, e Arapoanga, que atualmente integra Planaltina, indo de 33 para 35 cidades.
Entre os distritais recém-eleitos, há a expectativa que Rogério Morro da Cruz (PMN) tenha influência sobre São Sebastião, Pepa (PP) sobre Planaltina e Pastor Daniel Castro (PP) sobre Vicente Pires. Entre os reeleitos, há a expectativa que Jaqueline Silva (Agir) brigue por Santa Maria. Ela também aparece entre os prováveis candidatos à presidência da Câmara Legislativa.
Outro que deve manter influência sobre administrações e está na briga pela presidência da Câmara Legislativa é o atual líder do governo na casa, Hermeto, que tem nomes nas administrações de Candangolândia e Núcleo Bandeirante.
Quem fica no governo
Existem, ainda, os secretários da atual gestão que não devem deixar os cargos. Ibaneis confirmou, na última quarta, a permanência da secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, para a próxima gestão, e deve manter também a da Saúde, Lucilene Florêncio de Queiroz. No início do mês, Ibaneis recriou a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração e nomeou Ney Ferraz para o cargo de chefe da pasta, e a Secretaria de Fazenda, com José Itamar Feitosa na chefia.