Vendas do varejo acumulado no DF crescem 9,4% e ultrapassam a média nacional
Em meio a processo de recuperação da economia, DF gerou 24 mil vagas formais no mercado de trabalho em 2024
Brasília|Beatriz Oliveira*, do R7, em Brasília
As vendas do varejo ampliado (segmentação que considera todas as atividades comerciais) cresceram 9,4% no Distrito Federal no acumulado de janeiro a maio de 2024 em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse desempenho está acima da média nacional, acumulada em 4,8%, e mostra uma atividade forte da economia local. Os números são de uma pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas do DF, com base em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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De acordo com o levantamento, o DF gerou 24 mil vagas formais nos cinco primeiros meses deste ano. A maioria foi no setor de serviços (com 19.015), seguido pelo de construção (com 2.999). Isso representa um aumento de 5,1 mil vagas em relação ao mesmo período de 2023, quando foram gerados 18,9 mil novos postos de trabalho.
Além disso, a atividade do varejo acumulado em maio aumentou 0,8% em relação a abril, mesmo resultado da média geral do país.
No comércio varejista, que desconsidera setores específicos como materiais de construção e automóveis, o DF registrou um crescimento acumulado de 5,7% de janeiro a maio.
Inflação
De acordo com o IBGE, a inflação em Brasília foi de 5,0% considerando o valor acumulado em 12 meses encerrados em junho de 2024. O número ultrapassou a média da inflação nacional, registrada em 4,2%.
A avaliação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) mostra que os itens de saúde e cuidados pessoais foram os que mais pesaram no bolso do consumidor brasiliense, com uma taxa de 7,8%.
Os setores de habitação (6,8%), alimentação e bebidas (5,7%), transportes (5,7%), educação (4,2%), despesas pessoais (3,8%) e comunicação (1,9%) vieram na sequência com os maiores resultados.
Crédito e endividamento
O Banco Central registrou um aumento de 3,0% no saldo de crédito de pessoas físicas no DF. Em maio de 2024, o saldo alcançou a marca de R$ 86,7 bilhões. Para pessoas jurídicas, o valor foi de R$ 66,8 bilhões, avançando 0,4% em comparação ao mesmo período de 2023.
O endividamento na capital caiu 0,5% em junho, segundo o SPC Brasil. Apesar da queda de inadimplência, as dívidas em atraso cresceram 1,4%.
26,3% dos brasilienses têm dívidas que somam até R$ 500, e 21,1% possuem débitos de mais de R$ 7.500.
O setor que lidera entre os negativados do DF é o de bancos, com 67,5% das dívidas. Em seguida, água, luz e outros representam 18,2% dos débitos.
*Sob supervisão de Augusto Fernandes