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Vídeo: motoboy é agredido no Lago Sul: 'quer roubar minha marmita?'

Após a agressão, a vítima foi ao endereço do agressor acompanhado de policiais militares, que deram voz de prisão a ele

Brasília|Rossini Gomes, do R7, em Brasília, e Josiane Ricardo, da Record TV

Deisson Nunes, 30 anos,sofreu ferimentos na boca e ficou com manchas de sangue pela roupa
Deisson Nunes, 30 anos,sofreu ferimentos na boca e ficou com manchas de sangue pela roupa

Um motoboy foi agredido durante a entrega de refeições no Lago Sul, em Brasília, nesta sexta-feira (11). Deisson Nunes, 30 anos, informou ao R7 que a agressão partiu de um homem. "Ele desceu do carro com um amigo, revoltado, dizendo 'Tu quer roubar minha marmita?'", contou.

Segundo o motoboy, o aplicativo de entregas apontou um condomínio ao lado daquele onde o cliente estava. "Quando cheguei, o porteiro disse que não tinha ninguém com aquele nome. Então, entrei em contato com o suporte e consegui falar com a cliente pelo telefone, para explicar o que havia acontecido. O pedido estava no nome de uma mulher, mas o homem tomou o telefone dela e disse que eu estava errado", disse.

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"Eu ainda me predispus a ir até o condomínio dele, mas ele preferiu vir até mim. E eu fiquei esperando na portaria. Quando chegou, ele desceu do carro com um amigo, revoltado", lembrou Deisson, acrescentado que as agressões começaram logo em seguida. "Enquanto ele me batia, o amigo dele abriu o baú [da moto] e pegou as quatro marmitas, e aí foram embora".

No vídeo abaixo, é possível ver a vítima ferida e, num segundo momento, outros motoboys reunidos, em solidariedade ao colega. O grupo, no entanto, é dispersado por policiais militares.


Caso de polícia

Abalado, o motoboy acionou a Polícia Militar e foi até o endereço apontado no aplicativo. "Quando chegamos, somente o amigo que pegou as marmitas estava lá. Mas ele [o agressor] apareceu pouco tempo depois, e os policiais deram voz de prisão".

Deisson Nunes trabalha como motoboy há seis anos e já havia feito mais de 10 entregas nesta sexta. "Eu trabalho muito, de 8h à 1h, honestamente, para poder cuidar da minha família, e acontece isso. Quero sair dessa vida. Fiquei muito traumatizado", afirmou, lembrando que a filha, de 6 anos, havia ligado instantes depois da agressão. "Ela queria saber se eu tinha almoçado", disse, emociado. "É muita humilhação".


De acordo com Deisson, o suspeito foi levado para a Delegacia do Paranoá. em nota, o IFood informou que abriu um processo de investigação interno e o cliente foi imediatamente descadastrado da plataforma. 

Leia na íntegra o posicionamento do IFood:


"O iFood repudia qualquer ato de agressão ou discriminação contra os entregadores de aplicativo. A empresa preza por relações e ambientes seguros e livres de assédios, preconceitos e intimidação em todas ações que realiza, sempre baseado em respeito, conforme os valores presentes em seu Código de Ética e Conduta.

Por conta desse episódio, foi aberto um processo de investigação interno e o cliente foi imediatamente descadastrado da plataforma. O iFood entrou em contato com o entregador e prestou o suporte psicológico e jurídico.

Em casos como esse, o entregador conta com um canal de denúncias no próprio aplicativo para registrar os fatos que contribuirão para a investigação interna.

O iFood ressalta também a importância de que sejam registrados em Boletins de Ocorrência junto às autoridades de segurança pública e segue à disposição para colaborar com as investigações, caso seja solicitada."

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