Vinda de presidente do Irã ao Brics está em planejamento, diz embaixador no Brasil
Durante o encontro com a imprensa, Ghadirli agradeceu o posicionamento do governo brasileiro em condenar os ataques
Brasília|Rafaela Soares e Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

O embaixador do Irã no Brasil, Abdollah Nekounam Ghadirli, afirmou nesta quinta-feira (26) que a participação do presidente iraniano Ebrahim Raisi na cúpula do Brics, marcada para os dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro, ainda está em fase de planejamento. “Estamos seguindo as nossas programações”, disse Ghadirli durante um café da manhã com jornalistas em Brasília.
A reunião do Brics será a primeira desde que o grupo foi ampliado e passou a incluir novos membros, como Irã, Egito, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, além dos países fundadores Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A cúpula no Brasil deverá reunir chefes de Estado e representantes dos dez países membros para debater temas como governança global, comércio internacional, segurança e reformas nos organismos multilaterais.
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Durante o encontro com a imprensa, Ghadirli agradeceu o posicionamento do governo brasileiro em condenar os ataques realizados contra instalações iranianas nos últimos dias, e afirmou que o apoio do Brasil tem sido importante diante do atual cenário de instabilidade.
O embaixador defendeu ainda que o Brics adote uma postura mais ativa no cenário internacional e vá além de declarações formais. Para ele, o bloco tem potencial para se tornar um agente relevante na formação de uma nova ordem global.
“Muitos políticos e ativistas têm uma visão de que os órgãos internacionais enfrentam uma falta de capacidade para agir diante dos novos desafios do mundo. O Brics não deve somente publicar uma declaração, e sim participar da criação de um novo caminho de ação”, argumentou.
O grupo, do qual o Irã faz parte desde 2024, divulgou nessa quarta-feira (25) uma declaração conjunta sobre a situação no oriente médio. “Diante do aumento das tensões, cujas consequências para a paz e a segurança internacionais, bem como para a economia global, são imprevisíveis, ressaltamos a necessidade urgente de romper o ciclo de violência e restaurar a paz”, diz a nota.
Além disso, os países membros também expressaram “profunda preocupação em relação a quaisquer ataques contra instalações nucleares de natureza pacífica realizados em violação ao direito internacional e às resoluções pertinentes da Agência Internacional de Energia Atômica.”
No documento, o Brics defende o “estabelecimento de uma zona livre de armas nucleares e outras armas de destruição em massa no Oriente Médio, em conformidade com as resoluções internacionais pertinentes”.
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