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Pastagens representam 28% das áreas atingidas por incêndios em 2023

Ao todo, foram queimados 4,8 milhões de hectares de pastos, extensão superior à área territorial da Dinamarca, na Europa

Cidades|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

Houve aumento significativo na área queimada
Houve aumento significativo na área queimada Houve aumento significativo na área queimada (Divulgação/Eduardo Rodrigues/IPAM)

O ano de 2023 foi marcado por graves consequências ambientais e climáticas no Brasil, com as pastagens emergindo como as áreas mais prejudicadas. De acordo com dados do Monitor do Fogo, uma colaboração entre o MapBiomas Fogo e o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), cerca de 28% de toda a área queimada no país correspondia a pastagens, totalizando 4,8 milhões de hectares — uma extensão superior à área territorial da Dinamarca.

Outros ecossistemas também sofreram consideravelmente com os incêndios, com campos, formações savânicas e florestas contribuindo conjuntamente com 52% de toda a área queimada no Brasil, equivalente a cerca de 9 milhões de hectares.

Ane Alencar, diretora de ciência do IPAM e coordenadora do MapBiomas Fogo, destaca a importância crucial de um manejo controlado e responsável do fogo, especialmente, em áreas de pastagens, a fim de evitar incêndios florestais descontrolados.

Ela enfatiza a necessidade de cumprir a legislação ambiental e usar o fogo de forma criteriosa, mesmo em áreas destinadas à pecuária, para evitar impactos ambientais ainda mais severos.

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As práticas humanas em relação à terra e às questões climáticas, infelizmente, predominam no Brasil, com vastas extensões de pastagens pouco diversificadas, majoritariamente destinadas à pecuária. Em muitos casos, a criação de gado é utilizada como uma forma de apropriação irregular de terras, o que agrava ainda mais esses problemas.

(Ane Alencar, diretora de ciência do IPAM e coordenadora do MapBiomas Fogo)

Influência das condições climáticas

O aumento no número de queimadas foi fortemente influenciado por condições climáticas adversas, como a seca e as altas temperaturas, principalmente, nos meses de setembro, outubro e novembro.

Durante esse período, houve um aumento significativo na área queimada em todo o país, com a Amazônia e o Cerrado sendo os biomas mais afetados, totalizando 91% das queimadas registradas.

O Pará foi particularmente impactado, com um aumento de 39% no número de queimadas em comparação com o ano anterior, seguido pelo Maranhão e por Roraima.

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