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Peritos do RS utilizam DNA e arcada dentária para identificar vítimas de enchentes

População pode fornecer material genético ou exames do familiar desaparecido para realização das análises

Cidades|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Ciência ajuda na identificação das vítimas Reprodução/Redes Sociais/Instituto-Geral de Perícias

O IGP/RS (Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul) usa os avanços tecnológicos com técnicas científicas, como o exame de DNA, para agilizar o processo de identificação de vítimas das enchentes na região. Segundo a instituição, os corpos encontrados são enviados para os Postos Médicos Legais espalhados em todo o estado ou para um DML (Departamento Médico-Legal). Até esse sábado (25), 165 pessoas perderam a vida na maior tragédia ambiental da região.

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O IGP utiliza técnicas para identificar as vítimas: a papiloscopia (impressão digital), exame de DNA ou exame da arcada dentária quando se tem registro odontológico. “O tempo para o resultado dos exames depende da técnica utilizada e pode variar por diversas razões, como o tempo de exposição a água. No entanto, o IGP tem identificado as vítimas em poucos dias”, ressaltou a instituição por meio de nota.

No caso da análise de DNA, é preciso de material de comparação para haver identificação. Para isso, a população pode ajudar os técnicos. A orientação é que familiares chequem os abrigos da região e hospitais. Caso a busca não tenha resultado, a família deve registrar um boletim de ocorrência. O registro pode ser feito pela internet, através da Delegacia Online.

Depois do boletim, a família deve buscar um dos locais para realizar a coleta de DNA e fornecer sobre o desaparecido. “Preferencialmente devem se dirigir para coleta filhos, mãe e/ou pai biológicos da pessoa desaparecida. No caso de irmãos biológicos, preferencialmente mais de um por desaparecido”, explica o IGP.


Locais de Coleta

Canoas

  • das 08h às 18h de segunda a sexta-feira - Posto Médico Legal de Canoas – Av. Farroupilha, 8001, Bairro São José (Subsolo do Hospital da Ulbra)

Porto Alegre


  • das 09h às 18h de segunda a sexta-feira – CREMERS – Av. Princesa Isabel, 921, Bairro Santana.
  • das 18h às 09h de segunda a sexta-feira e 24h aos sábados e domingos – DML – Av. Ipiranga, 1807, Bairro Santana.

Para coletas em outras localidades, se dirigir ao Posto Médico Legal mais próximo. Acesse o site do IGP, entre no menu “Serviços” e clique na opção “Onde tem Posto Médico-Legal”.

Para mais informações, a população pode entrar em contato por meio do número (51) 98682-9207 (ligações ou WhatsApp), com plantão de atendimento 24 horas exclusivo para familiares de desaparecidos.


Os exames

A análise de impressões digitais ajuda a identificar corretamente uma vítima, pois um documento pode ser falsificado para prejudicar o trabalho dos especialistas. Os responsáveis pelo processo podem obter as informações biométricas da população por meio do cadastro de digitais do RG (Registro Geral), por exemplo. Outro ponto importante é cada digital é única, ou seja, cada pessoa tem um “desenho único” nos dedos.

Já o DNA é um método mais aprimorado, mas que exige material genético de familiares - como irmãos, pais, filhos - para que o resultado seja mais preciso. Cada ser humano contra com 46 cromossomos (23 recebidos da mãe e 23 do pai) e, assim como as digitais, cada pessoa tem um padrão específico.

Com as amostras em mãos, os técnicos começam a comparar a quantidade de “repetições” das caraterísticas genéticas para confirmarem a identificação da vítima.

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