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Ações de telecom disparam na B3 após proposta conjunta por ativos móveis da Oi

TELECOM-ACOES-OI:Ações de telecom disparam na B3 após proposta conjunta por ativos móveis da Oi

Economia|Do R7

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O setor de telecomunicações era destaque positivo na bolsa paulista nesta segunda-feira, após Telecom Italia, Telefônica Brasil e América Móvil apresentaram uma proposta conjunta pela unidade móvel da operadora Oi.

A Oi disse que recebeu mais de uma proposta pelos ativos de telefonica celular, mas não revelou a identidade dos candidatos ou o número de propostas. A empresa, que está em recuperação judicial desde 2016, estabeleceu um preço mínimo de 15 bilhões de reais pelos ativos.

Telecom Italia, que controla a TIM no Brasil, Telefônica Brasil, que opera sob a marca Vivo, e América Móvil, dona da Claro, disseram que pediram à Oi o direito de cobrir potenciais propostas que a empresa brasileira possa ter recebido pelos ativos.

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A equipe do BTG Pactual chamou atenção para a 'novidade' que foi a entrada da Claro no consórcio, o que, na visão deles, pode ter reduzido as chances de uma disputa acirrada pelo ativo.

Em um primeiro momento, e ponderando que o valor da oferta ainda é desconhecido, os estrategistas do banco Carlos Sequeira e Osni Carfi avaliam que anúncio de uma oferta conjunta é marginalmente positivo para eles e negativo para a Oi, dada a chance de o preço oferecido ficar abaixo de 15 bilhões de reais.

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Os profissionais do BTG também poderaram que, neste momento, não está claro como os ativos móveis da Oi seriam divididos entre os três participantes, embora estimem que a TIM manterá a maior parte.

A TIM e a Telefônica Brasil disseram, em maio, que planejavam uma proposta conjunta pelos negócios da Oi móvel.

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Por volta de 11:15, os papéis da TIM subiam 8,15% e da Telefônica Brasil avançavam 5,5% entre as maiores altas do Ibovespa, que avançava 0,4%. Fora do índice, as ações preferenciais da Oi valorizavam-se 11,56% e os papéis ordinários da Oi tinham elevação de 9,92%.

No final de junho, a Oi propôs aditamento ao seu plano de recuperação judicial para conseguir segregar de determinados negócios e ativos do grupo e a alienação dos mesmos.

Analistas do Credit Suisse também consideraram a notícia positiva para Telefônica Brasil, Claro e especialmente TIM, e marginalmente negativa para a Oi, calculando que o valor esteja próximo dos 15 bilhões de reais.

Eles avaliam que a geração de valor para os compradores deve vir de arbitragem de preços entre o valor pago pelos ativos e o valor justo quando incorporados nas estruturas existentes, ganhos de escala, que devem levar a maiores margens Ebitda, maior racionalidade de preços, entre outros fatores com redução da competição no mercado nacional.

O cenário do Credit Suisse considera uma configuração em que, se concluída a operação em favor do consórcio, a TIM ficará com 54% da Oi Mobile, enquanto que Vivo deve ficar com 24% e a Claro com 22%. A projeção do banco para as frequências indica cerca de 60% para a TIM, 30% para a Vivo e 10% para a Claro.

"Esta composição deve levar a um melhor balanceamento de assinaturas no mercado", avaliaram em nota a clientes, no qual elevaram o preço-alvo de TIM de 17 para 20 reais e o de Vivo de 57 para 61 reais, ressaltando que ainda não incorporam contribuição da consolidação de ativos móveis.

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