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BC deve elevar a taxa básica de juros a 13,75% nesta quarta-feira

Estimativa é de analistas do mercado financeiro, que acreditam que a Selic subirá ainda mais 0,50 ponto percentual neste ano

Economia|Do R7

Vista da sede do Banco Central, em Brasília, onde acontece a reunião do Copom
Vista da sede do Banco Central, em Brasília, onde acontece a reunião do Copom Vista da sede do Banco Central, em Brasília, onde acontece a reunião do Copom

O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), anuncia nesta quarta-feira (3) a nova taxa básica de juros do país. A previsão dos analistas do mercado financeiro é que a Selic sofra alta de 0,50 ponto percentual, passando de 13,25% para 13,75% ao ano, o maior patamar desde o fim de 2016.

Se as expectativas do mercado financeiro forem confirmadas, será a 12ª alta consecutiva neste ciclo de aperto monetário, que já é o mais longo da história do Copom. Desde março de 2021, a taxa subiu 11,75 pontos percentuais, o maior choque de juros desde 1999, quando, durante a crise cambial, o BC elevou a Selic em 20 pontos percentuais de uma vez só.

A reunião começou nesta terça-feira (2), com a análise de cenários e da conjuntura econômica. Hoje, o comitê projeta as possibilidades futuras e define a nova Selic. A decisão a respeito dos novos juros será anunciada após as 18h30 e ficará vigente por ao menos 45 dias, quando os diretores do BC voltam a se encontrar para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.

No último encontro, quando aumentou a Selic para 13,25% ao ano, o Copom afirmou que a decisão tem o objetivo de conter a inflação, atualmente a caminho de fechar 2022 acima do teto da meta pelo segundo ano consecutivo. Também ficou sinalizado o novo salto dos juros básicos para 13,75% ao ano neste mês.

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O comitê deverá ainda realizar mais um ajuste de 0,5 ponto na reunião de setembro, levando a taxa para 14,25% ao ano e finalizando o ciclo de ajuste monetário, após aumento da expectativa da inflação para 2023, de acordo com relatório do C6 Bank.

"O BC tem um horizonte relevante para onde ele olha. Como a política monetária opera com defasagens, ele sobe a Selic hoje para ver o efeito mais à frente. Então, onde fala de horizonte relevante é para onde ele está mirando. Se mexer muito na taxa de juros hoje, vai ter um impacto pequeno na inflação de 2022 e maior em 2023. É onde a atuação dele vai ser mais forte. Hoje, ele está olhando principalmente para 2023 e vai continuar assim na próxima reunião, em setembro", explica Claudia Moreno, economista do C6 Bank.

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Os anos de 2023 e 2024 passarão a ter pesos iguais, e as projeções do Copom já indicam inflação em 2024 abaixo da meta, afirma o documento do banco.

O que é a Selic?

A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

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Em linhas gerais, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.

A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próximo da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando os juros básicos caem, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

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