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Bolsonaro cobra 'patriotismo' contra alta no preço dos alimentos

Questionado por apoiadores sobre o preço dos itens da cesta básica, o presidente disse que conversa com representantes dos supermercados

Economia|Do R7

Bolsonaro disse que não vai dar "canetadas"
Bolsonaro disse que não vai dar "canetadas"

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (4) a populares que está conversando com intermediários e com representantes de grandes redes de supermercados para tentar evitar uma alta maior nos produtos da cesta básica. Ele disse que não irá dar "canetadas", mas pede "patriotismo".

O preço de produtos como arroz e feijão tem sido uma queixa constante nas redes sociais do presidente, especialmente relacionadas à decisão do governo de reduzir para R$ 300 o auxílio emergencial que será pago até dezembro.

Em vídeo publicado por um dos canais bolsonaristas, o presidente se aproxima de um grupo de pessoas e pergunta se o arroz e o feijão estão "subindo muito", e recebe uma resposta afirmativa.

Leia mais: Supermercados denunciam pressão para aumentar preços de alimentos


"Só para vocês saberem, já conversei com intermediários, vou conversar logo mais com a associação de supermercados para ver se a gente. Não é no grito, ninguém vai dar canetada em lugar nenhum", disse o presidente, que completou: "Estou conversando para ver se os produtos da cesta básica aí... Estou pedindo um sacrifício, patriotismo para os grandes donos de supermercados para manter na menor margem de lucro."

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"Ninguém pode trabalhar de graça. Mas a melhor maneira de controlar a economia é não interferindo. Porque se interferir, der canetada, não dá certo", acrescentou.


Bolsonaro justificou o aumento de preços pelo pagamento do auxílio emergencial, que levou as pessoas a gastarem "um pouco mais". "Muito papel na praça, a inflação vem", disse.

Levantamento feito pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP mostra que as commodities agrícolas de fato tiveram altas recordes nos últimos meses, puxadas também pela alta demanda externa e influenciadas pela queda do real perante o dólar, além do fato da demanda interna não ter caído pelo pagamento do auxílio emergencial.

O enfraquecimento da moeda brasileira faz o produto nacional ficar mais barato lá fora e aumentar a exportação, enquanto a demanda interna não caiu. Trigo, milho e arroz seriam os produtos da cesta básica que mais subiram de preço, de acordo com o Cepea. A alta do arroz teria sido de 100% em 12 meses e do milho, de 65%.

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