Bovespa tem maior queda diária desde fevereiro puxada por Petrobras
O principal índice da bolsa de São Paulo caiu 2,45%, para 59.192 pontos
Economia|Do R7

O principal índice da Bovespa teve nesta segunda-feira (8) a maior queda percentual em sete meses, puxado pelo forte recuo das ações da Petrobras e acompanhando o fraco desempenho dos mercados internacionais.
O Ibovespa caiu 2,45%, para 59.192 pontos, refletindo um movimento generalizado de realização de lucros, que levou 65 das 69 ações da carteira fecharem no vermelho. Foi a maior queda diária desde 3 de fevereiro. O giro financeiro da sessão somou R$ 9,6 bilhões.
As ações preferenciais da Petrobras, que chegaram a subir mais de 3% no início dos negócios, fecharam em queda superior a 4%, com operadores citando principalmente investidores estrangeiros como vendedores.
A Petrobras foi alvo de denúncias de corrupção neste final de semana, com a publicação de notícias de que o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa teria dito à Polícia Federal que dezenas de parlamentares e três governadores teriam recebido pagamentos de comissão sobre contratos da estatal.
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Confira no vídeo abaixo uma reportagem sobre a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso em Curitiba (PR). Ele acusou parlamentares, governadores e um ministro de receber propina.
No início do pregão, alguns participantes do mercado afirmaram que a notícia poderia prejudicar a presidente Dilma Rousseff (PT) nas próximas pesquisas eleitorais, o que ajudou a Petrobras a subir. Mas a animação do mercado durou pouco.
"Pode ter havido euforia no início da sessão, mas depois caiu a ficha. Na dúvida, o investidor estrangeiro vende... o mercado já estava querendo realizar lucros", disse o operador da corretora BGC Liquidez, Pedro Arantes.
Apesar da queda nesta sessão, a ação preferencial da Petrobras ainda acumula alta de 35% no ano, com investidores apostando na melhora da administração da estatal num eventual novo governo.
Ações de empresas do setor elétrico, como Eletrobras e Light, e do imobiliário, como MRV e Rossi Residencial, figuraram entre as líderes de queda.
No campo positivo, o destaque foi a TIM Participações, com alta superior a 6%, após o diretor de Finanças da América Móvil afirmar que a empresa tem interesse em explorar com a Oi oferta conjunta pela TIM, da Telecom Italia.
Oi ainda fechou em baixa. Após o fechamento do pregão, a Portugal Telecom afirmou que seus acionistas aprovaram a fusão com a Oi, afastando incertezas sobre a operação após o calote de um investimento da operadora portuguesa de 900 milhões de euros de dívida da Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo.
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