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Brasil registra queda de endividados e inadimplentes em janeiro, aponta CNC

Apesar do índice, houve aumento da percepção de endividamento, com 15,9% da população considerando estar ‘muito endividada’

Economia|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Pelo segundo mês consecutivo, o percentual de famílias endividadas caiu no país Marcello Casal Jr/Arquivo Agência Brasil

Em janeiro, o percentual de endividados e inadimplentes diminuiu no país, registrando uma queda de 0,6 ponto percentual em ambos casos. Entretanto, houve crescimento da percepção de endividamento, com 15,9% da população considerando estar “muito endividada”, contra 15,4% no fechamento do ano passado. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (6), são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

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Segundo o estudo, o percentual de famílias endividadas chegou a 76,1%. Já em relação à inadimplência, a queda de brasileiros com dívida em atraso ocorreu apenas entre os que ganham de 3 a 5 salários mínimos, saindo de 28,1% em dezembro para 27,5%.

Ainda no mesmo mês, 20,8% dos brasileiros reservaram mais da metade dos rendimentos para pagar dívidas, o maior percentual desde maio de 2024. Em média, as famílias separaram 30% dos ganhos para esta finalidade.

“Os juros elevados e a seletividade do crédito fazem com que os consumidores procurem fazer menos dívidas e, como efeito adverso, aumentam sua percepção de endividamento. A leve melhora da inadimplência indica que houve um esforço nas casas brasileiras para equilibrar suas finanças, mas o comprometimento crescente da renda acende um sinal de alerta para a economia em 2025″, disse o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.


A pesquisa mostra também que o cartão de crédito continua sendo a modalidade mais usada pelos consumidores, com 83,9% do total de devedores, apesar da queda de 2,9 pontos percentuais, na comparação anual.

“Apesar da recente melhora dos índices de endividamento e inadimplência, a CNC alerta que o endividamento das famílias pode voltar a crescer ao longo do ano. Os percentuais devem começar a subir a partir de março, fechando 2025 com 77,5% das famílias brasileiras endividadas, e 29,8%, inadimplentes”, alertou a confederação.

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