Mesmo com a crise e as incertezas que marcaram o ano, o brasileiro deve ir às compras neste Natal. De acordo com pesquisa do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), o consumidor vai levar entre quatro e cinco presentes e o gasto médio com a "lembrancinha" será de R$ 116 no Natal de 2018.
Em 2017, o brasileiro gastou, em média, R$ 103 no presente. Levando em conta o número de consumidores que compraram no ano passado, 27% planejam gastar mais em 2018.
Ao todo, 110 milhões de brasileiros — ou 72% da população — devem comprar presentes, o que vai injetar R$ 53,5 bilhões na economia brasileira. "Os números apontam uma estabilidade se comparados com os dados de 2017, quando as compras de Natal injetaram R$ 51,2 bilhões na economia", explica a economista chefe do SPC, Marcela Kawauti.
"Também vale observar que 19% dos entrevistados ainda não decidiram se irão às compras, e estão em compasso de espera, o que pode aquecer um pouco mais as vendas", destaca. "Mas, a princípio, teremos um Natal semelhante ao de 2017".
O preço ainda é um dos fatores apontados pelos consumidores como critério no momento da compra. Filhos (57%), cônjuges (48%) e mães (46%) devem receber presentes neste ano. As roupas continuam sendo os itens mais procurados. "É um presente democrático, com uma variedade grande de produtos, qualidade e preços", explica Marcela.
Oito em cada dez consumidores (85% do total) disseram que vão pesquisar antes de comprar. A pesquisa apontou também que a internet é a principal aliada e fonte de informações para o consumidor comparar preços — dois em cada três entrevistados afirmaram que vão usar a rede antes de comprar.
Quanto ao local escolhido para as compras de Natal, as lojas de departamento têm 42% da preferência dos consumidores, seguida das lojas online, com 40%.
Com relação ao pagamento, 57% deve pagar à vista, principalmente pessoas das classes C,D e E. Quanto ao meio de pagamento, de acordo com o levantamento, 40% afirmam que vão usar o crédito para efetuar o pagamento e 26%, o cartão de crédito.
"A data mantém sua importância para a economia, ainda não chegamos aos valores da pré-crise, mas a intenção de compra continua estável", finaliza Marcela.
A pesquisa do SPC e da CNDL ouviu 761 pessoas acima de 18 anos, de todas as classes sociais, nas 27 capitais do país.