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Confiança da indústria recua ao menor nível desde julho de 2020

Sexta queda seguida do otimismo do setor é consequência do aumento nos casos de Covid-19, afirma FGV

Economia|Do R7


Confiança da indústria figura em 98,4 pontos
Confiança da indústria figura em 98,4 pontos

O ICI (Índice de Confiança da Indústria) amargou a sexta queda consecutiva em janeiro e agora figura em 98,4 pontos. Trata-se do menor patamar desde julho de 2020 (89,8 pontos), de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (27) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Com o recuo de 1,7 ponto registrado neste mês, o otimismo do setor manteve a tendência negativa ao cair 2,3 pontos na comparação trimestral. 

Claudia Perdigão, economista do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), explica que o novo resultado negativo é motivado pelas incertezas em decorrência do aumento nos casos de Covid-19 no país. O movimento é alinhado com a redução do quadro de funcionários e a ampliação das restrições em países que sentiram o recrudescimento da pandemia.

"Tanto as perspectivas sobre o ritmo da atividade produtiva quanto sobre a evolução da demanda foram comprometidas. A sequência de quedas não é observada desde 2014, quando foram registrados oito meses consecutivos de retração. A redução gradual dos gargalos que vêm pressionando a indústria, como a escassez de insumos, pode colaborar para a recuperação do setor no decorrer de 2022", analisa Claudia.

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O resultado do mês foi influenciado por uma piora tanto das avaliações sobre a situação atual quanto das perspectivas para os próximos meses. O ISA (Índice Situação Atual) cedeu 1,2 ponto, para 99,8 pontos, o menor valor desde agosto de 2020 (97,8 pontos).

O IE (Índice de Expectativas), por sua vez, caiu 2 pontos, para 97,1 pontos, e agora figura no menor patamar desde abril de 2021 (96,9 pontos). Já o Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) retornou ao patamar de novembro de 2021 ao subir 1 ponto percentual, para 80,7%.

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Entre os quesitos que compõem o ISA, o pior desempenho se deu no indicador que mede a situação atual dos negócios, com queda de 6,4 pontos para 89,4 pontos, o menor valor desde julho de 2020 (87,0 pontos). O indicador de demanda total recuou 4,2 pontos para 99,5 pontos e acumula perda de 14,1 pontos nos últimos sete meses.

Dos indicadores que integram o IE, a produção prevista para os próximos três meses foi o que mais influenciou a queda do ICI no mês de janeiro, ao cair 4,7 pontos, para 94,1 pontos, o menor nível desde maio de 2021 (93,1 pontos).

O emprego previsto para os próximos meses se manteve relativamente estável ao variar 0,3 pont, para 102,1 pontos. A tendência dos negócios para os próximos seis meses continua em trajetória negativa pelo sexto mês consecutivo, caindo 1,2 ponto em janeiro, para 95,4 pontos, o menor valor desde agosto de 2020 (88,8 pontos).

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