Confiança do consumidor sobe e chega ao maior nível desde fevereiro
No entanto, o indicador ainda é inferior à média histórica de 114,9 pontos
Economia|com R7
A confiança do consumidor subiu 1% em setembro na comparação com agosto, atingindo o maior nível desde fevereiro, de acordo com dados da FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgados nesta terça-feira (24).
O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) avançou para 114,2 pontos, ante 113,1 pontos em agosto, quando havia subido 4,4% em relação ao mês anterior, mas ainda inferior à média histórica de 114,9 pontos.
O ISA (Índice da Situação Atual) avançou 3,5%, atingindo 121,3 pontos, o maior desde maio (122,7) mas também inferior à média dos últimos cinco anos (127,8). As expectativas em relação aos meses seguintes mantiveram-se estáveis: o IE (Índice de Expectativas) variou 0,4%, para 110,8 pontos, mantendo-se em patamar superior à média, de 108,1 pontos.
Nos últimos dois meses, a evolução favorável do ICC foi motivada pela recuperação das avaliações dos consumidores em relação à economia no momento atual.
Depois de forte queda em junho e julho, o indicador que mede a situação econômica no momento, em alta de 4,5% em setembro, retornou ao nível de junho, embora ainda esteja abaixo do nível de maio (85,1 pontos), período anterior ao das manifestações populares.
Entre agosto e setembro, a proporção de consumidores que avaliam a situação atual da economia como boa passou de 17,4% para 17,3%, enquanto a dos que a julgam ruim caiu de 37,8% para 34,1%.
Com relação aos seis meses seguintes, houve melhora no quesito que mede a intenção de compras de bens duráveis. O indicador avançou 0,7%, ao passar de 85,9 pontos para 86,5 pontos, o maior desde janeiro de 2013 (86,6). A parcela de consumidores com ímpeto para compras maiores diminuiu de 16,0% para 13,4%; a dos que preveem compras menores reduziu de 30,1% para 26,9%.