Conta de luz fica mais barata pela primeira vez em nove meses
Tarifas de energia elétrica residencial recuaram 1,07% no ano passado, mas acumulam alta de 27% nos últimos 12 meses
Economia|Do R7
Amplamente impactada pela crise hídrica que atingiu o Brasil no ano passado, a conta de luz residencial fechou o mês de janeiro com a primeira queda desde abril de 2021 (-0,04%).
De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as tarifas de energia ficaram 1,07% mais baratas no mês passado, ante variações positivas registradas nos últimos oito meses do ano passado.
Mesmo com a variação negativa, as contas de luz acumulam alta de 27,02% nos últimos 12 meses, variação que corresponde a uma aceleração em relação ao período encerrado em dezembro (+21,21%).
Os recentes saltos das tarifas de energia são motivados pela adoção, desde o mês de setembro, da bandeira tarifária de escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.
A redução da energia elétrica residencial também contribuiu para a redução de 0,91% do grupo de combustíveis e energia, que apresentou recuo de preços pela primeira vez desde janeiro do ano passado (-3,79%).
Na análise dos combustíveis domésticos (-0,35%), houve queda no valor cobrado pelo gás de botijão (0,73%) e valorizações contabilizadas no preço do gás encanado (+3,13%) e do carvão vegetal (+0,27%).
Já entre os combustíveis para veículos (-1,23%), o ato de parar para abastecer com gasolina (-1,14%) e com o etanol (-2,84%) ficou menos pesado para o bolso dos motoristas pelo segundo mês consecutivo.
O gás veicular apresentou recuo de 0,86% em janeiro, enquanto o diesel (+2,38) foi o único dos combustíveis automotivos a ficar mais caro no mês, após recuar 0,33% no mês de dezembro, aponta o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
"Os reajustes negativos aplicados nas refinarias pela Petrobras, em dezembro, ajudam a entender o recuo nos preços [dos combustíveis] em janeiro", afirma o analista da pesquisa, André Filipe Almeida.