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Contratos de aluguel com vencimento em outubro serão reajustados em 8,25%

Indicador responsável pelo reajuste da maioria das locações no Brasil recuou 0,95% em setembro, a 2ª deflação seguida, diz FGV

Economia|Do R7

Inflação do aluguel tem o menor patamar desde julho de 2020
Inflação do aluguel tem o menor patamar desde julho de 2020 Inflação do aluguel tem o menor patamar desde julho de 2020

Os aluguéis residenciais com vencimento no mês de outubro ficarão 8,25% mais caros. O valor é correspondente à variação do IGP-M (Índice Geral de Preços  Mercado), responsável pelo reajuste da maioria dos contratos de locação vigentes no Brasil, no acumulado dos últimos 12 meses.

O patamar do reajuste é fruto da segunda deflação consecutiva do índice, que recuou 0,95% em setembro, ante queda de 0,7% apurada no mês de agosto. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (29) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Leia mais: IPCA ou IGP-M: qual é a melhor opção para os contratos de aluguel?

Na prática, os inquilinos que pagam mensalmente um aluguel de R$ 1.500 passarão a ter que desembolsar R$ 1.623,75 (+R$ 123,75) todos os meses para continuar morando no imóvel. Para evitar o reajuste significativo, a dica é renegociar o aumento diretamente com o proprietário.

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A variação do IGP-M acumulada nos 12 meses encerrados em setembro mantém a tendência de queda apurada desde maio de 2021, quando o indicador apresentava variação de 37% para as locações, e põe o indicador no menor patamar desdejulho de 2020 (+9,27%). Em setembro do ano passado, o índice havia apresentado deflação de 0,64% e acumulava alta de 24,86% no período anual.

O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente da apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.

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Diante da diferença entre os indicadores, algumas imobiliárias já usam a inflação oficial para reajustar os novos contratos de aluguel. Para quem deseja fugir da alta considerável, a melhor orientação é negociar a melhor forma para evitar que os pagamentos pesem no bolso de inquilinos e proprietários.

Em setembro, a deflação o IGP-M foi novamente influenciada pelas quedas registradas nos preços de commodities e combustíveis, explica André Braz, coordenador responsável pelos índices de preços da FGV. "O preço do minério de ferro caiu 4,81%, ante queda de 5,76% na última apuração. Já os preços do diesel (de -2,97% para -4,82%) e da gasolina (de -8,23% para -9,18%) recuaram ainda mais em setembro”, avalia Braz.

“No âmbito do consumidor, a inflação ficou menos negativa — passou de -1,18% em agosto para -0,08% em setembro. O setor de serviços contribuiu para tal movimento, com destaque para passagem aérea (27,61%), aluguel residencial (1,42%) e plano e seguro de saúde (1,15%)”, completa o pesquisador.

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