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Copom deve manter taxa de juros em 15% nesta quarta e adiar início de cortes para 2026

Mercado financeiro projeta Selic estável no maior patamar desde 2006; taxa valerá ao menos pelos próximos 45 dias

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O Copom deve manter a taxa de juros em 15% nesta quarta-feira (5).
  • A expectativa é que os juros continuem nesse patamar até pelo menos 2026, com a taxa projetada para o fim de 2025 em 15% ao ano.
  • A decisão foi influenciada pelas altas taxas de inflação, que permanecem acima da meta estipulada.
  • A elevação da Selic encarece créditos e financiamentos, podendo desacelerar a economia.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Gabriel Galípolo comanda o Banco Central desde o início do ano Alexandre Boiczar/Banco Central

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central define nesta quarta-feira (5) a nova taxa básica de juros da economia brasileira. A expectativa predominante entre analistas financeiros indica estabilidade no patamar atual — 15% ao ano, o maior desde 2006.

A rodada de discussões teve início na terça-feira (4). A nova taxa valerá ao menos pelos próximos 45 dias, quando os diretores do BC voltam a se reunir para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.


No encontro anterior, o comitê manteve a taxa em 15% ao ano pela segunda vez consecutiva, após interromper em julho o ciclo de sete altas consecutivas iniciado em setembro de 2024.

A nova taxa valerá ao menos pelos próximos 45 dias, quando os diretores do BC voltam a se reunir para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.


Evolução da Selic ao longo dos meses Luce Costa/Arte R7

Na última ata, o comitê afirmou que levou em conta as expectativas de inflação, medidas por diferentes índices, que ainda permaneciam acima da meta, o que mantinha um cenário adverso.

“O Comitê reforçou e renovou seu compromisso com a reancoragem das expectativas e com a condução de uma política monetária que enseje tal movimento. O Comitê avalia que a reancoragem das expectativas de inflação reduz os custos da desinflação e entende que tal processo exige perseverança, firmeza e serenidade”, pontuou o Copom.


Os diretores também ressaltaram que a desancoragem das expectativas de inflação era “um fator de desconforto comum a todos os membros do Comitê e deveria ser combatida”.

Projeções do mercado

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa para a taxa básica de juros em 2025, projetando que a Selic encerre o ano em 15%, segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central.


Para os anos seguintes, não houve ajustes. A previsão para 2026 continuou de 12,25%, pela sexta semana consecutiva.

A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,5% pela 38ª semana seguida, e para 2028 se manteve em 10% pela 45ª semana consecutiva.

O que é a Selic?

A Selic representa o principal instrumento de controle do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Taxas elevadas encarecem o crédito, limitam o consumo e a produção e podem desacelerar o crescimento econômico.

Na prática, elevações na Selic aumentam os juros aplicados a financiamentos, empréstimos e cartões de crédito, desestimulando a demanda e contribuindo para a contenção da inflação.

Histórico

Entre agosto de 2022 e junho de 2023, a Selic permaneceu em 13,75% ao ano. Em seguida, ocorreram seis cortes consecutivos de 0,5 ponto percentual e outro de 0,25, reduzindo a taxa para 10,5% em maio de 2024.

Esse patamar vigorou até setembro do mesmo ano, quando o Copom iniciou uma nova série de elevações, levando os juros para 10,75%.

Desde então, houve sete aumentos sucessivos, até atingir os atuais 15% — o nível mais elevado desde 2006.

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