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Economia encolhe 3,6% em 2016, e País tem pior recessão desde 1948

Foi o 2º ano consecutivo de queda. Agropecuária puxa resultado negativo ao recuar 6,6%

Economia|Do R7, com Estadão Conteúdo

Produção de riquezas na agropecuária teve queda de 3,6% em 2016
Produção de riquezas na agropecuária teve queda de 3,6% em 2016 Produção de riquezas na agropecuária teve queda de 3,6% em 2016

A soma de todas as riquezas brasileiras, representada pelo PIB (Produto Interno Bruto), recuou 3,6% em 2016 na comparação com 2015, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (7). Em 2015, a economia brasileira já havia encolhido 3,8%.

Na série de crescimento econômico do IBGE, iniciada em 1948, foi a primeira vez que houve dois anos seguidos com queda anual do PIB, segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

A queda do PIB no ano passado ficou abaixo da expectativa do Banco Central, que previu um encolhimento de 4,55% das riquezas.

Em valores correntes, o PIB brasileiro chegou a R$ 6,3 trilhões e o PIB per capita — divisão do total de riquezas gerado por brasileiro — alcançou R$ 30.407. 

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Considerando os três setores da economia nacional, a agropecuária registrou queda de 6,6% nas atividades no ano passado. A indústria ficou na segunda colocação, com recuo de 3,8%. Por fim, o setor de serviços encolheu 2,7% em 2016.

Como o PIB mexe com a sua vida?

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O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores da economia de um país. Representa a soma das riquezas geradas pelo conjunto dos diversos setores da cadeia produtiva, mas pouca gente sabe dizer o impacto que esse dado tem sobre o seu dia a dia.

Resumidamente, o PIB é a soma do esforço de todos os agentes da economia, desde o plantio até a comercialização. Por isso, quanto maior a produção, mais fácil de distribuir essa riqueza. Em seguida, a renda circula e todos são beneficiados. Quanto maior o PIB, maior a quantidade de empregos, o giro de mercadoria e a variedade de produtos. 

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O PIB é calculado trimestralmente pelo IBGE. Quando aponta geração de riqueza inferior à observada no levantamento anterior significa retração econômica. A recessão técnica é observada quando o movimento de retração ocorre por dois trimestres consecutivos.

Para o cálculo do PIB, o IBGE só leva em consideração as atividades legalizadas. As informais não entram nas estatísticas da metodologia aplicada.

PIB por setor

No setor industrial, os vilões foram a indústria de transformação (queda de 5,2%), a construção civil (contração de 5,2%) e o extrativismo mineral (recuo de 2,9%), influenciado pela queda da extração de minérios ferrosos.

Por outro lado, na indústria, o destaque positivo foi o segmento de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, que cresceu 4,7% em relação a 2015. 

Na agropecuária, a agricultura puxou o resultado negativo. Segundo o IBGE, culturas importantes da lavoura registraram queda na produção e perda de produtividade, com destaque para o milho (-25,7%), cana-de-açúcar (-2,7%) e soja (-1,8%). Por outro lado, algumas lavouras como trigo (22,0%), café (15,5%) e mandioca (2,8%) se expandiram.

Dentro do setor de serviços, a principal diminuição foi registrada no segmento de transporte, armazenagem e correio: 7,1%. Em seguida, vieram o comércio (-6,3%), outros serviços (-3,1%), serviços de informação (-3%) e intermediação financeira e seguros (-2,8%). De acordo com o IBGE, as atividades imobiliárias cresceram 0,2%.

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