Em crise, Marisa anuncia o fechamento de 91 lojas no Brasil
Empresa afirma que unidades escolhidas apresentam geração sistemática de caixa negativo
Economia|Do R7
![Marisa já fechou 51 lojas e ainda vai encerrar operações de 40](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/Y6IC2M334ZPTZO2SZJJM5E3GJ4.jpg?auth=452ed1af755ff5aa12497259e5ce6f2fcbeb78032a897f8614e7ff3faff954bc&width=442&height=240)
Após credores terem ingressado na Justiça para pedir a falência da Marisa, a empresa anunciou o fechamento de 91 lojas em todo o Brasil na tentativa de regularizar sua situação financeira.
A varejista afirma que as unidades escolhidas apresentam geração sistemática de caixa negativo e que a decisão faz parte do Programa de Eficiência Operacional.
De acordo com a companhia, 51 dessas lojas já tiveram suas operações encerradas e as 40 demais fecharão as portas nos próximos meses. Cada unidade da varejista emprega, em média, 20 profissionais.
Com a ação, a Marisa estima aumentar seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em R$ 62 milhões na base anual. De acordo com os credores que buscam reverter seus prejuízos na Justiça, as dívidas da empresa superam R$ 882 mil.
Os débitos são com a MGM Comércio de Acessórios de Moda, no valor de R$ 363.562,44; com a Plasútil Indústria e Comércios de Plásticos, de R$ 173.501,42; e com a Oneflip Indústria e Calçados, de R$ 345.733,98.
O reestruturador de empresas João Pinheiro Nogueira Batista, que assumiu o comando das Lojas Marisa, há pouco mais de um mês, disse que a concorrência com as varejistas internacionais, como a Shein, prejudicou a companhia.
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É a recuperação judicial de uma, o pedido de falência de outra, tem aquela que recebeu ordem de despejo, e mais uma, que está reestruturando seu modelo de negócios. Dificilmente o consumidor brasileiro tenha testemunhado em algum outro momento uma cris...
É a recuperação judicial de uma, o pedido de falência de outra, tem aquela que recebeu ordem de despejo, e mais uma, que está reestruturando seu modelo de negócios. Dificilmente o consumidor brasileiro tenha testemunhado em algum outro momento uma crise tão grave afetando tantas empresas ao mesmo tempo. Antes de 2020, uma parte do setor de varejo já estava com problemas financeiros, mas a pandemia da Covid-19 acabou com os planos de crescimento de várias companhias, enquanto criou falsas expectativas em outras, que investiram muito mais do que podiam