Energia solar cresce e se torna a segunda mais usada no Brasil, mostra associação
Segundo a Absolar, o Brasil ultrapassou a marca de R$ 45,1 bilhões em impostos arrecadados nesse ramo em 11 anos
Economia|Johnny Negreiros, do R7*
Após o apagão da última terça-feira (15), que atingiu todas as regiões do Brasil, veio à tona o uso da energia solar. Nesse sentido, há uma estatística que poucos conhecem.
A energia solar ocupa o segundo lugar na matriz elétrica brasileira em 2023. O modal é responsável por 14,8% de toda a geração de luz no país e viu seu desempenho crescer recentemente. Em 2021, o número era de apenas 1,9%. Os dados, que foram atualizados em julho, são da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
Em primeiro lugar, permanecem as hidrelétricas, com 50,8% da produção. A energia vinda a partir da água é tradicional no Brasil. Apesar de ser menos poluente que outras fontes não renováveis, as hidrelétricas ainda são alvo dos ambientalistas.
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Isso porque, por mais que não emitam gases poluentes, elas acabam muitas vezes prejudicando ecossistemas dos locais onde são construídas. As instalações de Belo Monte, no Pará, por exemplo, foram umas das mais criticadas.
No entanto, isso não ocorre com a energia solar. Além de não prejudicar a atmosfera, ela tem baixa necessidade de manutenção e baixo custo de sistema, considerando-se os 25 anos de vida útil.
Vale destacar também que painéis de energia solar também acabam valorizando os imóveis em que estão instalados. Inclusive, os materiais utilizados nas placas podem ter sido reciclados.
Segundo a associação, o setor já criou mais de 960,5 mil empregos em território nacional desde 2012. Além disso, a geração de energia solar já evitou a emissão de mais de 40,6 toneladas de carbono.
A energia do sol pode ser usada de duas maneiras: a primeira, na geração de energia elétrica, a partir da instalação de painéis fotovoltaicos nos telhados das casas, por exemplo; a segunda, por meio de placas térmicas, que captam a energia solar apenas para aquecer a água das torneiras e chuveiros da residência.
Essas têm baixa capacidade de armazenamento. Por isso, é comum que, nas casas onde os chuveiros são aquecidos por energia solar, seja necessário controlar a duração dos banhos quentes, para evitar que a última pessoa não tenha água aquecida para se limpar.
Apesar de terem um alto preço inicial de aquisição e instalação, os painéis fotovoltaicos fornecem energia elétrica para a residência inteira e podem substituir ou complementar o fornecimento das empresas concessionárias.
Projeções
A Bloomberg New Energy Finance projeta que, até 2050, a energia solar seja a mais utilizada na matriz elétrica brasileira. A participação seria de 32,2%.
*Sob a supervisão de Ana Vinhas
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