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Estados apontam perda de R$ 24 bi com o ICMS dos combustíveis

Comitê defendeu que, caso aprovada, medida afetaria a prestação de serviços públicos pelos entes regionais

Economia|

Preços de combustíveis em posto na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro
Preços de combustíveis em posto na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro Preços de combustíveis em posto na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro

Os estados calcularam que sofrerão perda de R$ 24 bilhões com projeto em discussão na Câmara dos Deputados que muda o cálculo do ICMS sobre combustíveis, e apontaram a política de preços praticada pela Petrobras como a verdadeira responsável pelos preços altos praticados no país.

O Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do DF) defendeu, em nota divulgada nesta quarta-feira (13), que o projeto representa uma medida paliativa que, caso aprovada, afetaria a prestação de serviços públicos pelos entes regionais.

"A Política de Paridade Internacional já demonstra há anos a sua inadequação e sua lesividade à economia brasileira: sem a sua reforma não há solução à vista para essa questão", disse o Comsefaz, sobre o repasse feito pela Petrobras das altas do petróleo segundo o preço de mercado da commodity, que é dado em dólares e, portanto, também sujeito às flutuações cambiais.

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"O ambiente adequado para alterar o ICMS é a reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional. Na reforma é possível alterar as finanças de Estados e Municípios sem prejudicar os financiamentos dos serviços estaduais e municipais", acrescentou o Comsefaz.

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Mais cedo nesta quarta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a proposta que altera a forma de tributação do ICMS, um imposto estadual, sobre os combustíveis, que deve ser votada em breve pelo plenário da Casa.

Atualmente, a alíquota de ICMS cobrada pelos estados incide sobre o PMPF (Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final) dos combustíveis. Esse valor é coletado a partir de uma pesquisa de preços praticados nos postos a cada 15 dias. Por isso, quanto mais alto o combustível na bomba, maior o valor cobrado pelos estados.

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Já o parecer que tramita na Câmara propõe a apuração do ICMS a partir de valores fixos, não mais sujeitos a flutuações constantes.

O relator do texto, deputado Dr. Jaziel (PL-CE), estimou que a mudança provocaria redução do preço final praticado ao consumidor de, em média, 8% para a gasolina comum, 7% para o etanol hidratado e 3,7% para o diesel.

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