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Expectativa de inflação cai pela 5ª semana seguida e analistas veem dólar a R$ 5 ao final deste ano

Integrantes do mercado financeiro preveem deflação em junho e reduzem projeções de alta dos preços para os próximos três anos

Economia|Do R7

Mercado prevê dólar a R$ 5 ao final de 2023
Mercado prevê dólar a R$ 5 ao final de 2023

Os analistas consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) elevaram, pela quinta semana consecutiva, suas projeções para de alta dos preços da economia brasileira, segundo dados revelados nesta segunda-feira (15).

Com a atualização, a previsão atual feita com base em estimativas é que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerre o ano em 5,12%, ante alta prevista de 5,42%. Há quatro semanas, a estimativa era de alta na casa dos 5,8%.

Mesmo com a expectativa menor, a análise indica que a inflação oficial será, pelo terceiro ano seguido, maior do que o teto da meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%).

O último RTI (Relatório Trimestral de Inflação) do BC prevê alta de 5,8% do IPCA neste ano. De acordo com o documento, a probabilidade de a alta furar o teto da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) passou de 57% para 83%.


Para este mês de junho, a previsão é de que o IPCA apresente uma deflação de 0,04%. Já em julho e agosto, os analistas preveem aumentos de, respectivamente, 0,3% e 0,22% do índice oficial de preços, expectativas abaixo das apresentadas na semana passada.

Olhando para os próximos três anos, as expectativas para o índice oficial de preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) recuaram em todos eles e passaram a ser de, respectivamente, 4%, 3,8% e 3,8%.


Dólar

Junto com as expectativas para a inflação surge também a projeção de que o dólar encerrará 2023 no patamar de R$ 5. Na última sexta-feira (16), a moeda norte-americana era negociada por R$ 4,82.

O movimento de apreciação da moeda brasileira vem em linha com a decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor's, que revisou a perspectiva do nível global de confiança para o Brasil de estável para positiva.

O comunicado, que ainda não corresponde a uma elevação da nota de crédito do país, mantém osratings de crédito soberano do Brasil em 'BB-/B". A nova perspectiva, no entanto, devolve a classificação positiva para o país pela primeira vez desde 2019.

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