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Expectativa para a inflação de 2022 cai pela 5ª semana e vai a 7,15%

Mesmo com queda, previsões do mercado financeiro seguem acima do teto da meta estabelecida pelo governo para o período

Economia|Do R7

Expectativa de alta dos preços segue em queda após corte de impostos
Expectativa de alta dos preços segue em queda após corte de impostos

Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) cortaram, pela quinta semana consecutiva, a expectativa de inflação para 2022, segundo dados do Boletim Focus apresentados nesta segunda-feira (11).

Com a atualização, a previsão de alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) passou de 7,3% para 7,15%. Há quatro semanas, a expectativa era de um salto de 7,98% para os 12 meses finalizados no próximo mês de dezembro.

A previsão de alta menor dos preços surge no momento em que estados reduzem a alíquota do ICMS sobre gasolina e energia elétrica — após o governo federal ter zerado o PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol até o fim deste ano. Na avaliação das instituições, o alívio deve ser sentido no bolso das famílias somente até o fim de 2022.

Mesmo menor, a nova expectativa significa que o IPCA chegará ao fim deste ano acima da meta estabelecida pelo governo para o perídoo, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%).


O próprio BC já admite que o índice oficial de preços vai furar o teto da meta preestabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) pelo segundo ano seguido, conforme dados apresentados na última edição do RTI (Relatório Trimestral de Inflação). Conforme o documento, a possibilidade de a inflação superar o teto da meta em 2022 é de 100%.

O novo furo do teto da meta também é previsto pelo governo federal, que revisou para 7,9% a expectativa de inflação para este ano, conforme projeções apresentadas pelo Boletim Macrofiscal, do Ministério da Economia.


Para 2023, a previsão para o índice oficial de preços aumentou pela 17ª semana seguida, para 5,33%, aposta também acima da meta definida para o ano que vem. Já para 2024, a expectativa para o IPCA foi mantida em 3,3%.

Com a nova previsão, a expectativa para o dólar segue em R$ 5,20. Para os preços administrados, tais como energia e combustíveis e planos de saúde, a expectativa passou de 0,01% para uma queda de 0,75% neste ano. Há quatro semanas, a aposta era de uma alta na casa dos 3,5%, mas no período ainda não havia a redução dos tributos sobre os combustíveis devido ao corte dos impostos.

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