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Ford vai fechar fábrica de São Bernardo do Campo (SP)

Com decisão, montadora norte-americana deixa segmento de caminhões no Brasil e manterá apenas unidade de Camaçari (BA)

Economia|Do R7

Unidade de SBC fabrica principalmente caminhões
Unidade de SBC fabrica principalmente caminhões

A Ford anunciou nesta terça-feira (19) que vai encerrar a operação da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Com a decisão, a montadora deixa de atuar no segmento de caminhões. A empresa mantém a fábrica de veículos em Camaçari, na Bahia.

O fim da operação, segundo nota da empresa, representa "um importante marco para o retorno à lucratividade sustentável de suas operações na América do Sul".

De acordo com a empresa, a decisão de deixar o mercado de caminhões foi tomada após vários meses de busca por alternativas que incluíram a possibilidade de parcerias e venda da operação.

"A manutenção do negócio teria exigido um volume expressivo de investimentos para atender às necessidades do mercado e aos crescentes custos com itens regulatórios sem, no entanto, apresentar um caminho viável para um negócio lucrativo e sustentável", afirma a nota.


"Sabemos que essa decisão terá um impacto significativo sobre os nossos funcionários de São Bernardo do Campo e, por isso, trabalharemos com todos os nossos parceiros nos próximos passos" disse o presidente da montadora para a América do Sul, Lyle Watters, no comunicado.

A Ford afirma ainda que dará apoio aos consumidores em relação a garantias, peças e assistência técnica.


Segundo a montadora, o fim da fábrica de São Bernardo se junta a outras iniciativas recentes que fazem parte da reestruturação em andamento na América do Sul, como redução em mais de 20% dos custos referentes ao quadro de funcionários e à estrutura administrativa em toda a região.

Número de demissões chega a 2.800

O encerramento da fábrica da Ford em São Bernardo ocorrerá ao longo de 2019 e representa a demissão de 2.800 trabalhadores, segundo estimativa do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.


A Ford informou que estima despesas não recorrentes de US$ 460 milhões (R$ 1,7 bilhão) em razão da decisão anunciada nesta terça. A fábrica é a mais antiga em operação da montadora no Brasil.

No Brasil, a marca ocupava a quarta posição no segmento de caminhões, com 12% de participação em 2018, atrás de Mercedes-Benz, Volkswagen e Volvo.

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