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Grandes bancos fecham 642 agências no 1º semestre de 2021

Eliminação de agências e postos de atendimento foi realizada pelo Santander, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil, segundo balanços

Economia|Márcio Pinho, do R7

Agência do Banco do Brasil, o que mais fechou espaços físicos no primeiro semestre
Agência do Banco do Brasil, o que mais fechou espaços físicos no primeiro semestre

Quatro entre os cinco maiores bancos do país fecharam juntos 642 agências e postos de atendimento no primeiro semestre de 2021, segundo os balanços a investidores publicados nas últimas semanas pelo Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander.

O fechamento de agências atingiu 3,7% de espaços físicos que os quatro bancos disponibilizavam no final de 2020, reduzindo o número de unidades a pouco mais de 17 mil em todo o país.

O saldo é de 597 agências fechadas se considerados os 5 grandes bancos do país, já que a Caixa anunciou que abriu 45 agências nos primeiros seis meses do ano, seguindo caminho inverso em relação aos concorrentes.

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A tendência de redução de espaços físicos já havia sido verificada ao longo de 2020 e em anos anteriores, mostrando um movimento de substituição do atendimento presencial pelo uso de canais digitais. A transformação foi acelerada pela pandemia e pelo lançamento de novos serviços como o Pix.


O banco com maior número de fechamentos foi o Banco do Brasil, com 305 espaços, que atribuiu a mudança a um movimento de “reorganização institucional” anunciado em janeiro e que prevê a desativação de 361 unidades.

Depois aparecem Bradesco, com 227 fechamentos, Santander, com 100, e Itaú Unibanco, com 10. 


O presidente executivo do Bradesco, Octavio de Lazari Júnior, já afirmou em balanço da entidade que o movimento de clientes em direção aos serviços digitais permite essa transformação e a “racionalização da rede”. No primeiro semestre, por exemplo, 98% das transações do banco foram feitas pelos canais digitais. O crescimento do uso de serviços digitais é uma realidade também dos demais bancos.

Funcionários

Parte dos bancos também reduziu o quadro de funcionários na mesma estratégia de redução do atendimento presencial e foco em serviços digitais.


O caso mais emblemático é novamente o Banco do Brasil, que terminou o semestre com 6.155 colaboradores a menos do que no final de 2020 – uma redução de 6,7% no quadro de 91 mil empregados.

A restruturação anunciada pelo banco em janeiro incluía um programa de demissão voluntária, que teve a adesão de 5.533 funcionários, conforme divulgação do Banco do Brasil. A instituição não detalhou por que o número de demissões registrado nos balanços foi maior que o anunciado como resultado do PDV.

O Bradesco ficou em segundo lugar nesse quesito, com redução de 2.213 funcionários.

Já o Santander teve mais admissões do que demissões e terminou o semestre com novos 1.827 profissionais. O Itaú Unibanco também teve mais admissões e ficou com saldo positivo de 1.750 novos trabalhadores. O banco atribui o crescimento ao investimento em tecnologias e na incorporação de trabalhadores dessa área.

Caixa

A Caixa é o único grande banco que tem plano de expansão de agências. A empresa anunciou em julho que serão inauguradas 268 novas unidades, sendo 100 especializadas no agronegócio. “O banco estará presente em todos os municípios brasileiros com mais de 40 mil habitantes”, afirma a instituição.

O balanço da Caixa não detalha o número total de colaboradores, impedindo a análise sobre possível ampliação ou redução do quadro. 

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