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Greve dos petroleiros atinge 21 plataformas, refinarias e terminais

Na Bacia de Campos, responsável por quase metade da produção de petróleo do Brasil, seis plataformas estão "totalmente paralisadas"

Economia|Do R7

Petrobras diz que registrou "paralisações pontuais"
Petrobras diz que registrou "paralisações pontuais" WPA Pool/Getty Images

Petroleiros de 21 plataformas da Petrobras na Bacia de Campos —responsável por cerca de metade da produção de petróleo do Brasil — aderiram à greve de 72 horas que atinge também refinarias e terminais desde o início desta quarta-feira (30), informaram sindicatos.

Um total de seis plataformas de produção em Campos estão "totalmente paralisadas", sendo que três já estavam em manutenção e as demais pararam em função da greve, afirmou o coordenador de Comunicação do Sindipetro-Norte Fluminense, Francisco Oliveira.

A Petrobras não comentou imediatamente a informação. Mais cedo, a companhia havia afirmado em nota que haviam sido registradas paralisações pontuais em algumas unidades operacionais e que não havia impacto na produção, sem entrar em detalhes.

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O sindicalista explicou que, ao aderir a greve, os funcionários entregam a operação das unidades a equipes de contingência. Segundo Oliveira, a paralisação das três plataformas ocorreu por questões de segurança.

"A gente tem uma responsabilidade muito grande em um movimento como esse, de entregar [a operação] à Petrobras, mas entregar com segurança", disse Oliveira, que não tinha informações detalhadas sobre quais as unidades estão paradas.


Petroleiros afirmaram que a greve não tem a intenção de trazer riscos para o abastecimento de combustíveis do país e que eles têm a responsabilidade de atender as necessidades básicas da população.

Além disso, as refinarias da empresa estão com tanques cheios, após a paralisação de caminhoneiros nos últimos dias, afirmou o diretor-executivo de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão da Petrobras, Nelson Silva, em um evento em São Paulo.


O movimento ocorre apesar de o TST (Tribunal Superior do Trabalho) na véspera ter declarado que a greve dos petroleiros é ilegal. Foi estipulada multa diária de R$ 500 mil pelo descumprimento da decisão.

Em nota, sobre a decisão da Justiça, o coordenador-geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), José Maria Rangel, afirmou que "a categoria não se intimidará".

A greve nacional tem como objetivo uma redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis. Também é contra a privatização da Petrobras e busca a saída do presidente da petroleira Pedro Parente, segundo sindicatos.

Demais impactos

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa 12 sindicatos de petroleiros, afirmou que, em suas bases, dez refinarias estão sem troca de turno: Reman (AM), Lubnor (CE), Abreu e Lima (PE), Rlam (BA), Reduc (Duque de Caxias), Regap (MG), Replan (SP), Recap (SP), Repar (PR) e Refap (RS).

Também estão parados, segundo FUP, os trabalhadores da SIX, Superintendência de Industrialização de Xisto (PR), e das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) do Paraná e da Bahia.

Na Transpetro, a FUP afirmou que a greve atinge os terminais do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, do Espírito Santo, do Amazonas, do Ceará, de Pernambuco, de Campos Elíseos (Duque de Caxias) e de Cabiúnas (Macaé).

"No Rio Grande do Norte, os trabalhadores dos campos de produção terrestre do Alto do Rodrigues e de Mossoró também aderiram à greve, assim como os petroleiros do Ativo Industrial de Guamaré e da Estação Coletora do Canto do Amaro", disse a FUP.

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