As empresas inadimplentes no país encerraram o último mês de outubro com uma dívida média de R$ 5.561,98. Os dados são da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).
De modo geral, mais da metade (56%) das empresas que estão negativadas no Brasil possuem pendências que somadas superam a cifra de R$ 1.000. Cada empresa inadimplente tem, em média, dois compromissos não quitados.
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Ainda de acordo com o levantamento, houve um aumento de 5,55% na quantidade de empresas com contas atrasadas no país em outubro, o que representa a maior alta desde janeiro deste ano, quando o crescimento observado havia sido de 5,91%.
Por outro lado, o número de outubro deste ano é inferior ao do mesmo mês do ano passado, quando a alta fora de 7,26% no crescimento de empresas negativadas por falta de pagamento.
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José Cesar da Costa, presidente da CNDL, diz que embora melhor do que no auge da crise, a atividade econômica segue enfraquecida, o que vem prejudicando o faturamento das empresas e, consequentemente, a sua capacidade de pagamento.
“A dificuldade dos empresários em manter os compromissos financeiros em dia está relacionada ao crescimento modesto da economia. Apesar de a economia dar sinais de recuperação e a inflação se manter controlada, assim como os juros em menor patamar, há uma considerável distância entre os níveis atuais de atividade e os que antecedem a crise”, analisa Costa.
70% das pendências são do setor de serviços
O indicador revela que o setor com maior crescimento no número de empresas negativadas foi o de serviços, cujo aumento visto em outubro foi de 8,51%.
A segunda maior alta ficou com o comércio (2,90%), acompanhado de perto do setor industrial (2,89%).
No geral, a maior parte das dívidas que geraram a negativação foram contraídas no ramo de serviços, que engloba bancos e financeiras.
O setor responde sozinho por 70% das pendências em nome de pessoas jurídicas.
Na sequência aparece o comércio, com a fatia de 17%, e a indústria, com 12% do total de dívidas não-pagas.
Região Sul lidera inadimplência
Os dados regionais mostram que houve alta no número de empresas inadimplentes nas cinco regiões pesquisadas.
A liderança ficou com a região Sul. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o número de pessoas jurídicas negativadas nessa região cresceu 8,30%.
O Sudeste ficou na segunda colocação do ranking de atrasos, com crescimento de 6,59%. Em seguida aparecem, Centro-oeste (2,84%) e Norte (4,24%).