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Indicador de confiança da construção da FGV cai 4,7% em julho ante junho

Economia|Do R7

O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 4,7% em julho na comparação com junho, para 70,2 pontos, na série com ajustes sazonais, divulgou nesta manhã de terça-feira, 28, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Este é o nível mais baixo de toda a série histórica, iniciada em julho de 2010. Na comparação com o mesmo mês de 2014, o ICST registrou retração de 32,5%, de acordo com a FGV. No ano, a confiança da construção acumula queda de 26,5%

Em julho, a baixa do índice em relação a junho decorreu tanto da piora da percepção do empresariado em relação à situação corrente como sobre o futuro dos negócios. O Índice da Situação Atual (ISA) recuou de 1,2% na margem para 56,6 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) caiu 7,0%, para 83,7 pontos em julho, uma mínima histórica, destaca a FGV. Em junho, o IE havia avançado 3,0% e contribuído para a relativa estabilidade (0,1%) do ICST.

Neste mês, o indicador que mede as perspectivas em relação à evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes contribuiu para o recuo do IE, ao cair 9,1%, para 87,6 pontos. No âmbito do ISA, o indicador que mede o grau de satisfação das empresas com a situação atual dos negócios caiu 3,7% ante junho, para 56,6 pontos, e foi a maior contribuição para a queda do componente.

Na passagem de julho de 2014 para julho de 2015, a proporção de empresas reportando número de contratos abaixo do normal avançou de 33,4% para 60,4%. No mesmo período, a porcentagem daquelas que avaliam a quantidade de negócios acima do normal recuou de 6,3% para 1,8%, de acordo com a FGV.

"A queda do indicador de confiança não surpreende, na medida em que não ocorreram fatos capazes de alterar o quadro de declínio da atividade no setor observado desde o ano passado", avalia Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre. Para a especialista, "a pequena melhora das expectativas observada no mês anterior não teve respaldo da situação dos negócios" e segue majoritária a percepção entre o empresariado da construção de que a retração no setor deve persistir.

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