Índices da construção comprovam tendência de crescimento, diz CNI
Indicadores econômicos, como inflação sob controle e juros baixos, fazem ociosidade no setor cair a cada mês, de acordo com o estudo
Economia|Do R7
Os índices de atividade e de emprego da indústria da construção apresentaram melhora significativa em outubro em relação ao mês anterior, consolidando a tendência de crescimento do setor. É o que mostra a mais recente Sondagem Indústria da Construção divulgada nesta segunda-feira (25), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de atividade registrou 49,9 pontos, com acréscimo de 0,4 ponto ante setembro, e o indicador de número de empregados aumentou 1 ponto na comparação mensal, alcançando 48,5 pontos. Nos dois casos, é o maior nível dos últimos sete anos, segundo o estudo.
Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Dados abaixo dos 50 pontos mostram queda. No entanto, os dois índices estão muito próximos da linha divisória dos 50 pontos e superam os valores verificados no mesmo mês do ano passado.
Além disso, o nível de atividade é 2,2 pontos maior e o de emprego está 3,6 pontos acima do de outubro de 2018. "Os resultados consolidam a tendência de crescimento do setor", reforça a CNI.
A ociosidade no setor também tem sido decrescente, de acordo com o estudo. A Utilização da Capacidade Operacional em outubro ficou em 62%, três pontos porcentuais maior do que o registrado há um ano e igual à média histórica do setor. "A ociosidade na construção tem diminuído desde maio deste ano", afirma a pesquisa.
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Para a economista da CNI Dea Fioravante, "a previsibilidade do setor aumenta em um contexto de inflação controlada e juros baixos, contribuindo para que os empresários fiquem mais propensos a investir e assumir riscos".
O estudo da CNI ainda aponta que a confiança do empresariado da construção cresceu 3,2 pontos em relação à edição anterior, chegando a 62 pontos. Segundo a CNI, o indicador está 8,4 pontos acima da média histórica, que é de 53,6 pontos.
De acordo com a Sondagem, o aumento do otimismo se deve, sobretudo, à melhora da percepção dos empresários sobre as condições atuais da economia. Mas eles também estão otimistas para os próximos seis meses.
Todos os indicadores de expectativas ficaram acima da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que os empresários esperam o crescimento da atividade, do emprego, da compra de matérias-primas e de novos empreendimento e serviços nos próximos seis meses.
Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi feita de 1º a 12 de novembro com 483 indústrias da construção. Dessas, 167 são pequenas, 208 são médias e 108 são de grande porte.