Indústria de transformação perdeu 203 mil empregos entre 2009 e 2018
Cortes no segmento impulsionaram queda de 2,3% no número total dos empregos da indústria brasileira, diz IBGE
Economia|Do R7
Entre 2009 e 2018, a indústria de transformação no Brasil, responsável por 97,6% dos empregos industriais do País, perdeu 203,2 mil postos de trabalho, o suficiente para provocar uma queda de 2,3% no número total dos empregos da indústria brasileira no período, apesar da alta de 14,4% registrada pela indústria extrativa, informa a PIA (Pesquisa Anual da Indústria), publicada nesta quinta-feira (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
As maiores quedas na indústria de transformação foram registradas na fabricação de produtos de madeira (-21%), fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-17,7%) e na confecção de artigos do vestuário e acessórios (-18,6%).
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Entre as atividades das Indústrias de transformação, as que apresentaram maior crescimento no número de pessoas ocupadas de 2009 a 2018 estão a manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (27,9%); fabricação de bebidas (28,1%); e fabricação de produtos alimentícios (15,5%).
Já no âmbito das Indústrias extrativas, a pesquisa destacou a atividade de extração de petróleo e gás natural, que registrou em 2018 um valor sete vezes maior que em 2009, enquanto a redução mais expressiva na perda de empregos foi na extração de carvão mineral (-33,5%).
Em 2018, a fabricação de produtos alimentícios se destacou como a atividade de maior representatividade, sendo responsável por 22,8% dos empregos na indústria, seguida pela confecção de artigos do vestuário e acessórios, que detém um porcentual de 7,8%.
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Também se destacaram como maiores empregadoras, as atividades de fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias e de fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, empregando 5,8% e 5,7% do total de pessoas, respectivamente.
A indústria extrativa registrava cerca de 187,6 mil pessoas empregadas em 2018, concentradas na extração de minerais metálicos (43,3%) e não metálicos (40,6%). Entre 2009 e 2018, a ocupação na indústria extrativa permaneceu praticamente inalterada, com aumento de 0,3 pontos percentuais.