Jovem fatura R$ 2 milhões após investir R$ 50 mil em software
Felipe Cataldi, de 24 anos, largou carreira no banco para faturar alto com o próprio negócio
Economia|Luiz Betti, do R7
Se existe uma fórmula de sucesso, para o administrador Felipe Cataldi, de 24 anos, ela pode ser resumida em duas palavras: trabalho duro. Foi assim que, no último ano da faculdade, ele criou, ao lado do amigo Luan Gabellini, a Betalabs, empresa de desenvolvimento de softwares na nuvem que espera faturar R$ 4 milhões em 2014.
— Hoje a gente trabalha 14, 15 horas diariamente. Por mais que o dia seja duro, temos que colocar a cabeça para fora da água e olhar para frente.
Nascido numa família de empreendedores, Felipe abraçou o projeto da Betalabs em 2010, quando ele e seu amigo ainda trabalhavam em banco e, após passarem aquele ano fazendo dupla jornada, tiveram que escolher qual rumo seguir.
— Eu tinha sido aprovado no programa de trainee do Itaú, então tinha boas perspectivas na carreira. Foi uma escolha bem difícil, mas na hora eu resolvi tocar o negócio e hoje não me arrependo.
Para abrir a empresa, Felipe contou com R$ 50 mil emprestados de família e amigos, grana que usou nos equipamentos de informática e para alugar um escritório de 40m² na rua Tabapuã, no bairro do Itaim Bibi (zona oeste de São Paulo), após quase um ano de encontros em padarias e cafés.
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Uma das maiores dificuldades iniciais foi a captação dos primeiros clientes, que veio por meio do “networking” da faculdade (Fundação Getúlio Vargas) e após “bater de porta em porta e dar a cara a tapa”, conta Felipe.
— Nós demos nossa credibilidade a tapa. Dizíamos: ‘Fiz administração numa das melhores faculdades do Brasil e estou querendo vender software’. Sofremos preconceito pela idade, mas muita gente confiou. Aí fomos entregando cases de sucesso e deu certo.
O fruto desse empenho veio com o lucro da empresa já no primeiro mês, afirma Felipe. Estruturada em três principais produtos (sistema de gestão empresarial, plataforma e-commerce e linha de sistemas na nuvem), a Betalabs dobraria o crescimento nos anos seguintes e, em 2013, registrou um faturamento de R$ 2 milhões. Segundo Felipe, a regra era investir no negócio apenas o lucro gerado.
— Sempre tivemos na cabeça criar um negócio lucrativo, que pudesse se pagar, não trocamos os pés pelas mãos. Nossa prerrogativa é de que o negócio, para ser saudável, tem que dar lucro desde o primeiro dia.
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Para 2014, a expectativa é seguir dobrando o faturamento dos anos anteriores e bater os R$ 4 milhões. Felipe reconhece que a meta é agressiva, mas confia na valorização da sua equipe por meio da meritocracia.
E já conseguiu virar milionário? “Estou longe ainda: empresa rica, sócios pobres”, brinca. É claro que, embora ainda não alcançado, o objetivo está dentro dos planos para o futuro próximo.
— Está entre as nossas metas conquistar vários milhões, não só um. Antes dos 30, pelo menos unzinho tem que ter, né?
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